Os interesses elitistas e a concepção de progresso sob o esboço de um projeto espacial para as Minas Gerais na segunda metade do XIX
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://locus.ufv.br//handle/123456789/29107 https://doi.org/10.47328/ufvbbt.2022.059 |
Resumo: | Na segunda metade do século XIX, o país foi palco de eventos que alteraram suas estruturas econômicas, políticas, culturais e espaciais. Tais mudanças, compatíveis com a economia capitalista e influenciadas pelo modelo de desenvolvimento europeu, resultaram na concepção de um projeto espacial sob a égide do progresso. Esse processo modernizador, ao se deparar com as contradições históricas herdadas do colonialismo, tomou desdobramentos singulares. Nesse período, a província de Minas Gerais era caracterizada pela concentração fundiária, posicionamento conservador de grande parte da elite, declarada dependência do braço cativo, pujança econômica e por apresentar uma grande pluralidade regional. Em meio a este contexto ímpar, diante da influência de grupos abastados, a concepção de progresso, propagada pelo Velho Mundo e adotada pelo Império, se metamorfoseou para melhor atender aos interesses localistas. Diante deste cenário, o presente trabalho busca compreender como o progresso, enquanto um projeto espacial, foi concebido e implementado na província, ao passo em que favoreceu determinadas localidades e marginalizou outras. As regiões da Mata e Mineradora Central, representadas por Juiz de Fora e Ouro Preto, desempenhavam grande centralidade entre as cidades mineiras. A primeira, em decorrência do crescimento econômico associado à cafeicultura e as fortes relações com o mercado do Rio de Janeiro. A segunda, pelo poder político, na condição de capital da província, conservado mesmo após o declínio do ouro. A pesquisa identificou tais interesses/influências, assim como foram apresentados os discursos em torno do progresso, enquanto um projeto espacial. Para tanto, foi realizada a leitura e análise de periódicos locais, relatórios de presidente da província, leis, decretos, regulamentos e demais produtos do ordenamento jurídico. A implementação dos vetores do progresso, como as vias de transporte e a instrução pública, a depender do nível de centralidade/compatibilidade das localidades, apresentou diferentes cadências. Como resultado, certos munícipios elevaram seu valor, ao atrair investimentos, enquanto outros foram desvalorizados. Nesse sentido, ao final da centúria, Juiz de Fora ascendeu como centro polarizador dentro da rede de cidades mineiras, ao passo em que, sob uma leitura comparativa, Ouro Preto vivenciou a redução de sua centralidade. Palavras-chave: Século XIX. Minas Gerais. Progresso. Elite. |