Fotossínteses em cenários de mudanças climáticas: adaptação de modelo para a produtividade potencial da cana-de-açúcar
Ano de defesa: | 2009 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Agrometeorologia; Climatologia; Micrometeorologia Mestrado em Meteorologia Agrícola UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/5228 |
Resumo: | Nos últimos anos, tem se observado uma grande preocupação com a resposta das culturas agrícolas aos possíveis aumentos da temperatura do ar e da concentração de CO2 na atmosfera. Uma das dificuldades de se realizar tais estudos são os modelos de fotossíntese, que não foram desenvolvidos considerando o efeito do aumento na concentração de CO2 na produtividade das culturas. Com o objetivo de simular produtividade potencial para cenários futuros, foi analisado um modelo com adaptações às condições de mudanças climáticas, o qual se destaca por incluir detalhadamente as reações bioquímicas de processos como a carboxilase e o transporte de elétrons, além de incorporar a temperatura média e a concentração de CO2, variáveis marcantes no cenário futuro. Nesta pesquisa, foram utilizados dados meteorológicos diários, valores de taxas de fotossíntese e produtividade, obtidos em um experimento realizado em SP (SOUZA, 2007), além de dados de temperatura do ar e CO2 projetados pelo modelo ECHAM5/MPI-OM (cenário A1B), em simulações para o período 2005-2020. Os resultados demonstram que o modelo responde satisfatoriamente ao aumento de CO2 e temperatura do ar. Foi feita a projeção da produtividade potencial da cultura da cana-de-açúcar para as cidades de Ribeirão Preto e Piracicaba. Foram analisadas duas metodologias, a primeira considerando graus dias, o aumento da temperatura encurtou o ciclo da cultura e consequentemente a produtividade diminuiu. Ribeirão Preto teve as maiores variações com uma queda na produtividade no ano de 2012 de 49%, quando comparado com 2005. A segunda metodologia considerando o ciclo da cana-de-açúcar fixo, mostra que o aumento da temperatura e do CO2 causará acréscimos na produtividade da referida cultura. Nas duas cidades, os maiores valores de produtividade foram observados nos anos de 2011 e 2012, períodos de maior temperatura média e invernos mais quentes da série. A estimativa é de que nesses períodos, a produtividade potencial possa atingir valores até 66% maiores, quando comparados com os valores referentes de 2005. Os resultados mostraram que o modelo estudado apresenta-se como alternativa a modelos convencionais, alertando sobre as diferenças nas duas metodologias. |