Endoquitinase do microsporídeo Nosema ceranae participa na infecção na abelha Apis mellifera

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Souza, Amanda Martins da Cruz
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Biologia Celular e Estrutural
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://locus.ufv.br//handle/123456789/30730
https://doi.org/10.47328/ufvbbt.2023.034
Resumo: As abelhas são os principais polinizadores em ecossistemas terrestres, responsáveis por 80% da polinização realizada por insetos e três quartos das culturas alimentares dependem deste serviço ecossistêmico. Dentre as abelhas, Apis mellifera é a mais utilizada na produção de mel e como agente polinizador. Assim como a maioria dos seres vivos, A. mellifera está sujeita a ação de patógenos, com destaque para o microsporídeo Nosema ceranae que tem sido associado com perdas de produtividade e de colônias desta abelha. Os esporos de N. ceranae ao chegarem no lúmen do intestino médio invadem o citoplasma das células epiteliais para completar o ciclo de vida. Entretanto o intestino médio apresenta em seu lúmen uma barreira contra patógenos, a matriz peritrófica, formada por quitina e proteínas. Os mecanismos pelos quais N. ceranae atravessa a matriz peritrófica para chegar ao epitélio do intestino médio são pouco compreendidos. O presente estudo teve como objetivo verificar se a endoquitinase predita para N. ceranae tem função de auxiliar o patógeno na infecção da abelha por esse microsporídeo. Para tanto, foi verificada a hipótese de que a inibição da expressão da endoquitinase de N. ceranae por RNA de interferência, um mecanismo de silenciamento gênico, afeta a infecção de A. mellifera pelo patógeno. Esporos de N. ceranae nas células do intestino médio de abelhas operárias foram encontrados oito dias após a infecção (d.p.i), sendo a endoquitinase do patógeno, detectada a partir de três d.p.i. Abelhas tratadas com dsRNA para endoquitinase, 12 e 24 horas após a inoculação de esporos, apresentam supressão na expressão do gene alvo e redução no número de esporos totais e viáveis no intestino médio. A inibição da expressão do gene alvo por RNAi afeta a infecção pelo microsporídeo, indicando que esta enzima é importante para a infecção da abelha. Palavras-chave: Abelhas. Enzimas. Intestino médio. Matriz peritrófica. RNAi.