Estrutura genética de Melipona capixaba Moure e Camargo, 1994 (Hymenoptera: Apidae)
Ano de defesa: | 2009 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Análises quantitativas e moleculares do Genoma; Biologia das células e dos tecidos Mestrado em Biologia Celular e Estrutural UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/2319 |
Resumo: | A abelha indígena Melipona capixaba, popularmente conhecida como ''uruçu preto'' ou “uruçu negra”, é endêmica da região serrana do Estado do Espírito Santo, Brasil, e está incluída, desde 2003, na lista de espécies ameaçadas do IBAMA, sendo o único inseto eussocial nesta lista. Com o objetivo de caracterizar a diversidade genética e estrutura populacional dessa abelha, foram realizados estudos com operária de M. capixaba coletadas em diversas localidades abrangendo os municípios de Afonso Cláudio, Alfredo Chaves, Conceição do Castelo, Domingos Martins, Marechal Floriano, Santa Maria de Jetibá, Santa Tereza, Vargem Alta e Venda Nova do Imigrante. Empregando primers específicos, o DNA total de 93 operárias de M. capixaba foi utilizado para amplificar sequências completas da região ITS-1/5.8S/ITS-2 (ITS/5.8S) do rDNA nuclear e da região tRNATyr/COI/tRNALeuL2 (tRNA/COI) do mtDNA seguido pela digestão com enzimas de restrição e caracterização dos padrões eletroforéticos de restrição. Nenhum polimorfismo foi identificado na região ITS/5.8S sugerindo vulnerabilidade em termos de variabilidade genética da espécie. Em contrapartida, 8 haplótipos mitocondriais tRNA/COI, embora com pouca divergência entre eles, foram identificados. Haplótipos tRNA/COI compartilhados entre grupos de amostras procedentes de diferentes localidades foram observados. Uma possível explicação para este compartilhamento de haplótipos é a prática comum de transporte de colônias por meliponicultores na região amostrada. Análises por AMOVA resultaram na observação de que esse transporte de colônias pode estar contribuindo para a diminuição da endogamia, e assim, favorecendo a preservação da espécie. Os valores de ST obtidos foram acima de 0,25 (0,41 e 0,36 antes e depois do transporte de colônias, respectivamente), sugerindo alta estruturação geográfica da população de M. capixaba analisada. A rede de haplótipos e as árvores UPGMA e Dollo Parcimônia obtidas mostraram baixa divergência genética entre os haplótipos identificados e a mesma divisão de grupos de haplótipos. Esforços no sentido de conduzir o manejo e conservação de M. capixaba devem ser efetuados visando elevar a população em número de colônias, preservar a diversidade genética, reintroduzir colônias, da mesma região ou da região mais próxima, em áreas onde essa espécie foi extinta ou está drasticamente reduzida, bem como assegurar a integridade de toda sua restrita área de ocorrência que se encontra bastante degradada. |