Utilização do concreto de pós reativos como material de reparo - Ênfase na resistência de aderência

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Gusmão, Anderson Caetano
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/17686
Resumo: O mercado oferece diversos tipos de produtos para recuperação de estruturas. Devido aos diferentes tipos de problemas patológicos, tipos de substrato e condições ambientais, nem sempre é possível encontrar um produto que atenda a todas as exigências técnicas concomitantemente. O concreto de pós reativos (CPR) constitui-se uma boa opção como material de recuperação, por apresentar características como baixa permeabilidade e elevada resistência mecânica. O objetivo deste trabalho foi avaliar a resistência de aderência do CPR ao concreto convencional, com vistas a examinar seu potencial de uso como material de reparo estrutural. Como parte do programa experimental desenvolvido, foi realizada a caracterização dos materiais utilizados na produção dos concretos e argamassas de reparo selecionadas para o estudo. Em seguida foram definidos os traços utilizados para a produção do concreto base, do CPR e da argamassa de reparo com aditivo expansor (ARE) e foi realizada a caracterização desses materiais no estado fresco e endurecido. Para efeitos de comparação, os corpos de prova foram reparados com CPR, a argamassa ARE e duas argamassas industrializadas (ARQ e ARZ). Foram realizados ensaios de avaliação da resistência de aderência com a devida caracterização do método de preparo das superfícies e dos procedimentos de reparação e cura dos corpos de prova. De acordo com os resultados, o CPR apresentou a menor absorção de água entre os materiais estudados. Este é um comportamento desejável para um bom material de reparo, tendo em vista que a absorção está intimamente ligada à durabilidade do material. Quanto à estabilidade dimensional, observou-se que para as primeiras horas o CPR apresentou uma retração maior do que as argamassas de reparo. Com base nos resultados dos ensaios de longa duração, observou-se também que o CPR se expandiu nas primeiras idades, enquanto que as argamassas de reparo industrializadas apresentaram um aumento significativo de retração ao longo do tempo. Quando à avaliação da resistência de aderência, de uma forma geral, para os diversos métodos utilizados o CPR apresentou um melhor desempenho quando comparado com os demais materiais de reparo estudados. Apesar da alta resistência à compressão e do elevado módulo de elasticidade, o CPR apresentou uma resistência de aderência igual ou superior às argamassas de reparo avaliadas, contrariando a ideia estabelecida no meio técnico de que o material de reparo não deve apresentar características mecânicas muito superiores ao do material de substrato. Os resultados alcançados indicam o bom potencial de uso do CPR como material de reparo estrutural.