Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2000 |
Autor(a) principal: |
Gonçalves, André Luigi |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/11009
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Resumo: |
Os objetivos básicos do presente estudo foram a caracterização do padrão nictemeral do pH ruminal e a avaliação do comportamento alimentar de cabras leiteiras alimentadas com dietas compostas por diferentes relações volumoso:concentrado, além buscar a caracterização e a determinação das estimativas dos parâmetros relativos à cinética de degradação ruminal dos carboidratos contidos nas amostras dos volumosos feno de alfafa, capim-elefante, feno de Tifton 85 e silagem de milho, por meio das técnicas in situ, in vitro e de produção cumulativa de gás. Foram utilizadas cinco cabras, com peso médio de 58 kg, não-lactantes, não-gestantes, fistuladas no rúmen, em cinco períodos experimentais. Cada animal foi observado em cada um dos cinco tratamentos, que consistiam das relações volumoso:concentrado de 100:0, 80:20, 60:40, 40:60 e 20:80, em um delineamento em quadrado latino 5×5. As dietas foram fornecidas a cada 6 horas, buscando amenizar a variação dos níveis de pH ruminal, durante o período de 24 horas, para todos os tratamentos. Após a adaptação dos animais às dietas experimentais, estes foram observados por um período de 48 horas, no qual foi mensurado o pH ruminal a cada hora, bem como em outro período de mesma duração, em que se observou o comportamento a cada 10 minutos. Para a determinação da digestibilidade in situ, ainda foram utilizadas as cinco cabras Alpinas. Para o ensaio de digestibilidade in vitro, utilizou-se tampão de McDougall, adaptado por Gonzáles, ajustado para os pHs observados nos animais com solução de ácido cítrico 1 M, conforme a relação volumoso:concentrado. Os parâmetros cinéticos da degradação ruminal da matéria seca e da fibra em detergente neutro destes volumosos, submetidos a diferentes níveis de pH, foram estimados também por meio de incubações anaeróbicas usando as técnicas da produção cumulativa de gases e, contrastado com os resultados obtidos por intermédio das técnicas in sito e in vitro, para os parâmetros de degradabilidade específica (DE) e taxa de digestão da fração insolúvel potencialmente digerível (c). A interpretação cinética foi feita pelo modelo logístico V(t) = V f / (1+exp(2+4c(L-T))). Foi observado que o nível de concentrado crescente resultou em decréscimo sobre o pH, cujos valores reduziram drasticamente em níveis acima de 60%. Observou-se também o efeito de tratamento sobre tempo de alimentação, ruminação e ócio. O tempo de alimentação foi maior para as dietas contendo valores acima de 60% de volumoso. A dieta contendo 100% de volumoso apresentou maior tempo de ruminação e menor ócio, seguida daquelas contendo 80 e 60% de volumoso, enquanto aquelas contendo 40 e 20%, menor tempo de ruminação e maior ócio. A partir dos resultados observados, pode-se sugerir que houve influência significativa da relação volumoso:concentrado sobre a digestibilidade ruminal dos volumosos avaliados, para todas as frações analisadas, uma vez que o efeito associativo desta relação possibilitou aumento da degradação, em certa faixa de pH (6,8 a 6,2), em detrimento de sua redução em pH inferior a 6,0. O período de latência sofreu decréscimo, quando o pH passou de 7,05 para 6,8, mantendo-se estável até 6,5, a partir do qual houve incremento significativo para todos os volumosos, principalmente quando atingiu pH inferior a 6,0. As incubações in situ e in vitro resultaram em curvas de degradação da matéria seca semelhantes em seus formatos para todos os alimentos avaliados, que apresentaram também valores bem próximos para as taxas de degradação. Dessa forma, ambos os métodos podem ser utilizados com confiabilidade para predizer os parâmetros observados. Observou-se comportamento similar nas curvas da degradabilidade específica, bem como para a taxa de digestão da fração insolúvel potencialmente digerível, o que confirma a interferência do nível do pH sobre os parâmetros relativos à cinética de degradação ruminal dos carboidratos. As leituras de produção de gás resultaram em menores coeficientes de variação para a cinética de degradação da MS, mas apresentaram valores inferiores aos obtidos pelas técnicas in situ e in vitro. Já para a FDN, mostraram valores e comportamento bem próximos dos obtidos pelas outras técnicas. Conclui-se que as estimativas das taxas de degradação ruminal da FDN podem ser realizadas precisamente também pela técnica da produção de gás. |