Produção e valor nutritivo de forrageiras do gênero Brachiaria submetidas a frequências de pastejo fixa ou variável

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Brandão, Virginia Lucia Neves
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/6543
Resumo: São escassos estudos que determinem o potencial de forrageiras do gênero Brachiaria manejas sob mesmas condições. Assim, acredita-se que cultivares de características morfológicas semelhantes possuem valor nutricional similar e que o manejo pode afetar sua resposta. Objetivou-se determinar e comparar a produtividade e valor nutritivo da forragem produzida durante as épocas das águas e seca, de pastos de forrageiras do gênero Brachiaria, quando manejadas com 28 dias ou 95% de interceptação luminosa como critério para interrupção da rebrotação. Os tratamentos consistiram em quatro forrageiras do gênero Brachiaria, sendo elas: Brachiaria decumbens cv. Basilisk, Brachiaria brizantha cv. Marandu, Brachiaria brizantha cv Piatã e Brachiaria brizantha cv Xaraés, manejadas sob duas estratégias de interrupção da rebrotação: a cada 28 dias (28D), ou quando o dossel atingisse 95% de interceptação luminosa (IL95). O experimento foi delineado em blocos casualizados, num arranjo fatorial 4 x 2, com três repetições (blocos). Foram avaliadas as variáveis altura, número de ciclos e frequências de pastejos, produção de massa seca (MS) e de componentes morfológicos nas condições de pré e pós-pastejo, densidade populacional de perfilhos na condição de pré-pastejo. Além disso, foram avaliados os teores de proteína bruta (PB), fibra em detergente neutro (FDN), fibra em detergente neutro indigestível (FDNi) e matéria seca potencialmente digestível (MSpd). Os manejos não influenciaram a produtividade total de MS das forrageiras, porém o manejo IL95 proporcionou maior quantidade de lâminas e apresentou melhores valores de PB, FDN, FDNi e MSpd ao longo do ano. Durante a época seca, a densidade populacional de perfilhos foi maior com o manejo de IL95. Além disso, nessa mesma época, houve maior porcentagem de forragem morta para ambos os manejos, sendo que o manejo 28D apresentou maior quantidade deste componente que o IL95. Durante a época das águas, o manejo IL95 apresentou maior teor de PB e MSpd e, menor FDN e FDNi, enquanto que na época da seca houve moderada piora nos teores, porém, os melhores teores ocorreram sempre com o manejo IL95. As quatro forrageiras não apresentaram diferença quanto à composição bromatológica, havendo apenas diferença entre os manejos. A cultivar Xaraés foi a mais produtiva, com 14.961 kg ha ̅1 ano de MS, enquanto que as cultivares Marandu e Piatã não diferiram entre si (12.766 e 13.076 kg ha ̅1 ano de MS, respectivamente) e a B. decumbens apresentou a menor produtividade (10.986 kg ha ̅1 ano de MS). Assim, conclui-se que o manejo IL95 proporciona forragem com melhor composição morfológica e maior valor nutritivo ao longo do ano, contudo ambos manejos possuem similar produtividade. Adicionalmente, as plantas forrageiras estudadas não diferem quanto a variáveis de valor nutricional, sendo a cultivar Xaraés a de maior produção de MS e a B. decumbens a de menor produção.