Capacidade de combinação de cultivares de milho sob estresses abióticos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2003
Autor(a) principal: Souza, Leandro Vagno de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/10296
Resumo: O objetivo geral deste trabalho foi avaliar a capacidade de combinação de cultivares comerciais de milho em condições ambientais contrastantes. Os ensaios foram conduzidos nas Estações Experimentais de Coimbra (E.E.C.) e Aeroporto (E.E.A.), nos anos agrícolas 1999/00 e 2000/01. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos ao acaso com duas repetições. Os ensaios da E.E.A. foram instalados no mês de dezembro com o intuito de submeter a cultura a estresse climático. Os ensaios da E.E.C. foram instalados no mês de outubro ou novembro e foi utilizada irrigação nos estádios fenológicos de maior exigência. A significância do efeito ambiente caracterizou que os ambientes foram contrastantes. Com base nas médias de produtividade de grãos, os ambientes foram classificados em: ambiente 1 favorável (8.331 kg ha-1), ambiente 2 (6.637 kg ha-1) e ambiente 3 (5.495 kg ha-1) intermediários, e ambiente 4 (2.443 kg ha-1) sob intenso estresse. Os efeitos de combinações híbridas x ambientes e testemunhas x ambientes foram significativos para produtividade de grão, evidenciando ser possível a seleção visando otimizar o potencial produtivo. A interação CEC x ambientes significativa indicou que a atuação dos efeitos gênicos não-aditivos e a CEC foram influenciados de forma significativa pelas alterações ambientais. A CEC e PG apresentaram correlações positivas significativas apenas entre os pares de ambientes 1x2 e 3 x 4. Para os ambientes 1 x 4 e 2 x 4, a CEC apresentou correlações negativas significativas. A combinação híbrida BR106 x AG122 foi o único tratamento classificado com adaptabilidade específica a ambiente favorável. Os cultivares AL25 x AG122 e BR 201 foram classificados com adaptabilidade específica a ambientes desfavoráveis e menor influência do estresse. Os cultivares BR205 x AG122 e AG 122 foram classificados como de baixa previsibilidade; os demais cultivares foram classificados como de alta previsibilidade e adaptabilidade ampla. Assim, concluiu-se que os cultivares comerciais avaliados no dialelo não apresentaram potencial para o melhoramento para ambientes de intenso estresse; os efeitos gênicos não- aditivos foram os mais importantes para ambientes intermediários de estresse; o controle gênico da produtividade de grãos foi diferente em ambientes contrastantes quanto a intensidade de estresse; o melhoramento de plantas para estresse abiótico deve ser feito em ambiente específico; e em ambientes com intensidades similares de estresses, cultivares apresentaram desempenho fenotípico e genotípico correlacionados.