O aquecimento atmosférico moderado melhora a eficiência fotoquímica e a produção de biomassa de duas espécies de plantas do gênero Dimorphandra

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Gonçalves, Marina Efigenia
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://locus.ufv.br/handle/123456789/32601
https://doi.org/10.47328/ufvbbt.2024.377
Resumo: Um dos fatores das mudanças climáticas que mais interfere na fisiologia e crescimento das plantas é o aquecimento atmosférico. Contudo, as plantas podem lidar com o aquecimento por meio da plasticidade fenotípica em suas características funcionais. Desta forma, nossos objetivos foram avaliar a influência de dois cenários de aumento na temperatura do ar sobre o crescimento inicial e a morfofisiologia de plantas de Dimorphandra mollis e Dimorphandra wilsonii e comparar a plasticidade fenotípica das respostas funcionais das duas espécies em relação à diferença na temperatura atmosférica. Plantas de D. mollis e D. wilsonii foram cultivadas durante cem dias em três câmaras de germinação, representando três tratamentos de temperatura: temperatura ambiente (25 ºC/23,7 ºC (dia/noite)); aquecimento moderado (27,7 ºC/26,4 ºC); e aquecimento alto (29,4 ºC/28,1 ºC). Nossos resultados mostraram que o aquecimento moderado aumentou os índices de clorofila e produção de biomassa em plantas jovens de D. mollis e D. wilsonii. Os maiores índices de clorofila evidenciam um aumento na capacidade de absorção de luz, o que reflete em maior eficiência fotoquímica das plantas. Dessa forma, maiores índices de clorofila podem ter contribuído para a maior produção de massa seca para raízes, caules e folhas nessas plantas. Contudo, as plantas sob aquecimento moderado apresentaram também aumento na razão raiz/parte aérea, indicando uma alteração no padrão de alocação de biomassa, com maior investimento em raiz do que em parte aérea. Por outro lado, plantas sob aquecimento alto apresentaram indícios de aclimatação térmica, como o alongamento do hipocótilo e do pecíolo e diminuição na área foliar específica. Porém, mesmo com esses ajustes para tolerar o aumento na temperatura, a sobrevivência nesse tratamento foi menor. Dessa forma, o futuro aumento moderado na temperatura do ar pode ser benéfico para as plantas estudadas, enquanto aumentos intensos poderão trazer prejuízos. Em adição, plantas de D. wilsonii demonstraram maior plasticidade fenotípica do que D. mollis, o que pode contribuir para que ela se ajuste mais rapidamente frente ao aquecimento atmosférico. Palavras-chave: Mudanças climáticas; Plasticidade fenotípica; Taxa de sobrevivência; Termomorfogênese.