Vesícula de polidiacetileno para detecção de triclorometano em água potabilizada

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Medeiros, Hiasmyne Silva de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Ciência de Alimentos; Tecnologia de Alimentos; Engenharia de Alimentos
Mestrado em Ciência e Tecnologia de Alimentos
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/2902
Resumo: Subprodutos do processo de desinfecção da água os trihalometanos são considerados nocivos à saúde. Dentre os THM, encontra-se o triclorometano (TCM) causado pela reação do cloro com ácidos originários da decomposição de matéria orgânica, como os ácidos húmicos e fúlvicos. A detecção desses compostos na água normalmente é realizada por métodos cromatográficos que além do alto custo da análise exigindo pessoal bem treinado. Essa pesquisa pretendeu desenvolver uma alternativa para avaliar a presença de TCM na água por meio de um procedimento simples e rápido por meio de um sensor colorimétrico, usando vesícula de polidiacetileno. Inicialmente, procurou-se conhecer a qualidade físico-química, incluindo a concentração de TCM por cromatografia gasosa com espectrofotômetro de massa (GC/MS), e a qualidade microbiológica de amostras de águas coletadas em quatro estações de tratamento, 15 pontos de rede de distribuição e cinco poços artesianos. De 28 amostras avaliadas, apenas duas, cerca de 2,5 % apresentaram valores acima de 100 μg·L-1, valor máximo permitido pela Portaria 518 do Ministério da Saúde de 25 dede março de 2004. Os resultados das análises físico-químicas e microbiológica das amostras analisadas estiveram dentro dos limites exigidos pela portaria 518/MS para água de consumo humano. As baixas concentrações de turbidez e da cor, demonstrando um bom controle de qualidade nas ETAs, provavelmente contribuíram para as baixas concentrações de TCM encontradas nas amostras de águas. Verificou-se uma tendência de aumento da concentração de valor de TCM a partir das ETAs, devido às quantidades de cloro residual livre na rede, matéria orgânica oriunda do manancial de abastecimento não retido nas ETAs mas presentes nas redes de distribuição e devido à reação de formação TCM ser lenta. Para o desenvolvimento do sensor colorimétrico, foram avaliadas diferentes vesículas contendo 10,12- ácido pentacosadiinócio (PCDA) preparadas com e sem a adição de diferentes fosfolipídios como o colesterol (CO), esfigomielina (ES) e o dimiristoifosfatidilcolina (DMPC), variando se também a potência ultrassônica na produção da suspensão vesicular. A vesícula que obteve a maior resposta colorimétrica (RC) com a adição de TCM e o menor diâmetro, foi o tratamento 1 mM de PCDA+1mM de CO.ES submetida a 400 w de potência. Ele foi escolhido e tratado com diferentes valores de pH, temperatura e concentração vesicular e avaliado em relação à resposta colorimétrica (RC) e ao tamanho, antes e após a adição de diferentes soluções contendo, 100 μg·L-1, 1000 μg·L-1 e 10000 μg·L-1 de TCM em água deionizada. Observando os valores da RC para os tratamentos testados, notou-se que o tratamento: pH de 5,0, temperatura de 35 oC, com concentração de 100% da vesícula, foi o que obteve a maior diferença entre os valores da RC em relação aos tratamentos controle e com 100 μg·L-1. Os resultados mostram que a suspensão de vesícula avaliada apresenta potencial para indicar a presença de TCM em água com concentrações próximas àquelas exigidas pela legislação brasileira.