Análise da geração distribuída solar fotovoltaica: geração na ponta e independência energética como externalidade
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
Engenharia Agrícola |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://locus.ufv.br//handle/123456789/29873 https://doi.org/10.47328/ufvbbt.2021.174 |
Resumo: | Dados divulgados pela Empresa de Pesquisa Energética apresentam um crescimento exponencial das instalações de geração distribuída no Brasil, principalmente, a solar fotovoltaica. Acredita-se, que diversos fatores de alta complexidade e externos à geração de energia estão sendo decisivos para o uso acelerado dessa tecnologia no país. Dessa forma, esta pesquisa buscou ampliar as discussões acerca desse tipo de geração, apresentando uma revisão detalhada das principais oportunidades e desafios da tecnologia no Brasil, considerando: (i) características socioeconômicas; (ii) fatores técnicos; (iii) políticas públicas; e (iv) aspectos ambientais. Além disso, foram desenvolvidas simulações a fim de comparar energética e economicamente diferentes alternativas para o suprimento do horário de ponta e possíveis contingências de um grande consumidor de energia elétrica, como geração a diesel, geração fotovoltaica com armazenamento, hidrelétricas reversíveis e contratação de energia incentivada a partir do biogás. Durante as simulações, o algoritmo desenvolvido foi utilizado de forma mais detalhada a fim de avaliar a independência total de consumidores críticos em caso de contingências. Concluiu-se que a geração distribuída fotovoltaica é uma das melhores alternativas para o atendimento de novas demandas de energia elétrica, visto o baixo custo, os benefícios ao sistema elétrico, a promoção do crescimento social e econômico, além de ser limpa e abundante. Porém, pontos cruciais devem ser vistos com atenção como melhores condições de financiamento, redução dos custos de aquisição, promoção de políticas públicas mais fortes, controle da qualidade da energia injetada na rede e aperfeiçoamentos na Resolução Normativa nº 482/2012. Dentre os sistemas de suprimento simulados, a utilização do grupo gerador a diesel apresentou-se como a melhor opção devido aos reduzidos custos de investimento inicial e um competitivo payback econômico de 2,63 anos no suprimento horário de ponta e 1,26 anos adicionando-se a possibilidade de suprimento das contingências. Destaca-se também o baixo custo nivelado de energia da pequena central hidrelétrica reversível, R$ 0,71/kWh no suprimento do horário de ponta e R$ 0,79/kWh quando considerada as contingências, demonstrando ser economicamente viável a longo prazo, porém, o alto custo de investimento inicial e a grande intervenção ambiental gerada pela construção do reservatório superior podem ser entraves ao projeto. A utilização de sistemas fotovoltaicos é economicamente viável, na maioria dos casos, entretanto, o armazenamento em banco de baterias ainda não é competitivo no mercado brasileiro, principalmente, por causa do alto custo de investimento inicial. Porém, em algumas situações, o impacto de uma determinada externalidade pode justificar a instalação de um sistema fotovoltaico com armazenamento, apesar de poder não ser viável economicamente, quando avaliando somente a geração de energia elétrica e o consequente abatimento na conta de energia. Palavras-chave: Políticas públicas. Demanda de ponta. Independência energética. Desenvolvimento sustentável. |