Prevalência da síndrome de burnout em trabalhadores da atenção primária à saúde e fatores associados

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Diniz, Luciano Soares
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/20729
Resumo: A síndrome de burnout é a resposta aos estressores interpessoais crônicos no trabalho e ocorre principalmente em profissionais da saúde. É caracterizada por altos níveis de exaustão emocional, de despersonalização e de baixos níveis de realização profissional. Objetivo: Estudar a prevalência de burnout e a sua relação com diversos fatores, inclusive com a percepção da cultura de segurança dos profissionais integrantes das Equipes de Estratégia Saúde da Família do município de Pirapora, localizada no norte do estado de Minas Gerais, Brasil. Método: Realizou-se estudo transversal de caráter observacional, descritivo e exploratório, utilizado questionário sociodemográfico, Maslach Burnout Inventory e escala de avaliação da percepção dos trabalhadores sobre a cultura de segurança. O estudo investigou as associações entre a variável dependente e as demais variáveis explicativas, seguida da análise do modelo multivariado ajustado. Utilizou-se a regressão de Poisson, obtendo as razões de prevalência (p≤0,05 IC 95%). Resultados: Participaram da pesquisa 102 profissionais da atenção primária à saúde da cidade de Pirapora (MG) (75%), cuja maioria era do gênero feminino e possuía o nível médio e técnico; 78,0% possuíam renda familiar superior a dois salários mínimos do vigente no Brasil. Os domínios exaustão emocional e esgotamento emocional indicaram altos níveis, 49.0% e 45.1%, respectivamente. O domínio despersonalização mostrou alto comprometimento (45,1%) e o domínio realização profissional indicou baixo comprometimento pessoal (50,0%); 46,1% dos indivíduos apresentaram indicativo de burnout moderado e grave. Conclusão: O ambiente laboral é expressivo fator de adoecimento dos profissionais, sendo necessária a contextualização do fenômeno. Os resultados apresentam consistência com a literatura, sugerindo que medidas devem ser tomadas para endereçar melhoria das condições de trabalho em relação aos fatores considerados nesse estudo, indicativos de associações com a síndrome de burnout.