Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Fonseca, Humberto Paiva |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://locus.ufv.br//handle/123456789/28201
|
Resumo: |
É incontroversa a importância econômica do agronegócio para o Produto interno Bruto brasileiro, devido em grande parte à expansão, tecnificação e mecanização em larga escala de regiões como o Oeste da Bahia. Para tanto, fazem-se necessários estudos que auxiliem a gestão agrícola de alto rendimento, principalmente na compreensão da forma com que as alterações da data de início da estação chuvosa afetam o calendário de semeadura, para culturas sob os sistemas de irrigação e sequeiro. Este estudo buscou avaliar a relação entre as datas de plantio e o início da estação chuvosa para agricultura irrigada e de sequeiro no Oeste da Bahia. Para isso, foram construídas curvas fenológicas a partir de séries temporais densas de Normalized Difference Vegetation Index, dos anos de 2001 a 2019, por meio das imagens MCD43A4 do sensor MODIS a bordo dos satélites Terra e Aqua. A partir das curvas fenológicas foram identificadas as datas de green-up e, posteriormente, a data de semeadura para cada pilha de pixels da série temporal. Neste estudo, também foram identificadas as datas de início de estação chuvosa por meio do método Anomalous Accumulation com dados de precipitação do produto CHIRPS. Por fim, foram calculadas as divergências interanuais existentes entre as datas de semeadura para sistemas de sequeiro e irrigação e o início da estação chuvosa a cada ano. Os resultados indicaram que a semeadura sob os sistemas de sequeiro e irrigação (primeira safra) é feita em média entre 26 de outubro e 15 de novembro, período condizente com o início das chuvas na região, que ocorrem em média entre 17 e 27 de outubro. Também foram observados anos anômalos, em que a semeadura de sequeiro foi realizada na primeira quinzena de dezembro, em decorrência de atrasos no início da estação chuvosa. Tais atrasos podem estar relacionados à conjunção de dois fatores: forte El Niño e o posicionamento da ZCIT ao norte de sua posição climatológica. Contudo, o mesmo não foi observado para a semeadura sob o sistema de irrigação, que ocorreu até 25 dias antes do início da estação chuvosa. Esse fato pode evidenciar certa autonomia dos produtores irrigantes em relação ao período das chuvas. Apesar de contraintuitivos, os resultados deste estudo também indicam que a semeadura no Oeste da Bahia é realizada no sentido leste-oeste, de encontro à estação chuvosa. Tal fato está relacionado ao perfil de plantio nas diferentes porções da região, pois na porção leste são plantadas culturas não oleaginosas, que estão fora das normativas da ADAB para o controle da ferrugem asiática e podem ser semeadas antes da data estipulada para o final do vazio sanitário. Conclui-se que a data de início da estação chuvosa exerce influência sobre a data de semeadura na agricultura de sequeiro e irrigação, em especial em anos de El Niño, em que as chuvas ocorrem após a segunda quinzena de dezembro. Palavras-chave: MODIS. Anomalous Accumulation. Semeadura. Sensoriamento Remoto. |