Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2005 |
Autor(a) principal: |
Lo Monaco, Paola Alfonsa |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/9814
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Resumo: |
As águas residuárias da lavagem e descascamento dos frutos do cafeeiro (ARC), por serem ricas em material orgânico em suspensão e constituintes orgânicos e inorgânicos em solução, apresentam grande poder poluente para o ambiente. Em vista das condições impostas pela Legislação Ambiental para lançamento de águas residuárias em cursos d’água, torna-se necessário o desenvolvimento de novas formas de tratamento e disposição final desses resíduos no ambiente. Dentre as formas alternativas de tratamento e/ou disposição de águas residuárias ricas em material orgânico está a fertirrigação, cuja técnica prioriza o aproveitamento dos nutrientes presentes na água residuária para substituição de parte da adubação química em áreas agrícolas cultivadas. Com o objetivo de avaliar o estado nutricional do cafeeiro Arábica e as alterações químicas no solo, após a aplicação de diferentes doses de água residuária da lavagem e descascamento dos frutos do cafeeiro (ARC), conduziu-se um experimento na Área Experimental de Hidráulica, Irrigação e Drenagem do Departamento de Engenharia Agrícola em área de 290 m 2 e cerca de 162 plantas de cafeeiro Arábica, cultivar Catuaí. A ARC utilizada no experimento foi coletada na unidade beneficiadora de frutos do cafeeiro da UFV após passar por um processo de filtração, cujo material filtrante era o pergaminho dos frutos do cafeeiro. Com base nas análises de conteúdo de potássio da ARC filtrada, foram estabelecidas as doses de ARC a serem aplicadas ao solo. As doses foram 66,4; 99,6; 132,77; 166,0 e 199,0 gramas de K + , aplicadas durante dois meses. Para avaliar o estado nutricional do cafeeiro, amostras de folhas do cafeeiro foram coletadas nos meses de maio, junho, julho, agosto e dezembro, sendo avaliadas as concentrações de N, P, K, Ca, Mg, Fe, Zn, Cu e Mn. Equações de regressão polinomial foram ajustadas para a concentração dos nutrientes em função do tempo. Ao final da aplicação da ARC, amostras de solo foram coletadas, nas profundidades de 0 a 20 cm; 20 a 40 cm; 40 a 60 cm e 60 a 90 cm, para obtenção do valor do pH, condutividade elétrica em solução 1:2,5, e quantificação das concentrações de N total ; P, K, Ca, Mg e; P, Fe, Zn, Cu e Mn disponíveis e soma de bases. Os resultados obtidos com a análise de solo foram utilizados para o ajuste de equações de regressão buscando-se obter modelos de distribuição dos nutrientes e de alterações químicas nas diferentes profundidades do solo. A aplicação da ARC, além de fornecer nutrientes, proporcionou condições para maior absorção de alguns macro e micronutrientes pelas plantas e lixiviação geral de macronutrientes no perfil do solo, além de proporcionar aumento na concentração de potássio trocável até 90 cm, o que proporcionou aumento na condutividade elétrica da solução do solo cultivado com cafeeiro. O aumento na concentração de potássio no solo proporcionou deficiência de cálcio e principalmente de magnésio nas folhas do cafeeiro, tornando-se recomendável o reforço desses macronutrientes em áreas fertirrigadas com ARC. A ARC, quando aplicada em doses maiores e iguais 3,0 vezes à recomendação de potássio para a cultura, provoca sérios problemas ao cafeeiro, em razão da diminuição do potencial osmótico no solo. A ARC não pode ser aplicada em doses estabelecidas com base em requerimentos para irrigação do cafeeiro e a continuidade da aplicação de água no cafeeiro não causou efeitos fisiológicos detectáveis e nem alterou o estado nutricional do cafeeiro. |