Exigências nutricionais de proteína e de energia para galos reprodutores de corte na fase de produção

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2001
Autor(a) principal: Borges, Carlos Augusto Quadros
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/11036
Resumo: Três experimentos foram realizados no Departamento de Zootecnia da Universidade Federal de Viçosa com o objetivo de estudar os efeitos de níveis de proteína e energia e a influência da temperatura ambiente sobre o desempenho reprodutivo de galos reprodutores de corte na fase de produção. Nos dois primeiros experimentos foram utilizados galos reprodutores da linhagem COBB, alojados em boxes. No terceiro experimento foram utilizados galos reprodutores da linhagem Avian Farm, alojados em gaiolas em Câmaras climáticas. O delineamento experimental utilizado foi inteiramente casualizado (DIC), sendo que os galos reprodutores foram selecionados pelo peso corporal. Durante os experimentos os galos foram alimentados com uma quantidade de ração controlada de 130 g de ração/ave/dia. As rações experimentais continham níveis crescentes dos nutrientes estudados, possibilitando diferentes consumos de proteína (12, 14,2, 16,4, 18,6 e 20,8 g/ave/dia) e de energia (290, 310, 330, 350 e 370 kcal/ave/dia). No terceiro experimento, foram utilizadas rações que continham níveis crescentes de energia (320, 350, 380 e 410 kcal/ave/dia) e os galos foram alojados em câmaras climáticas com diferentes temperaturas (15, 19, 23 e 27 o C). Pelos resultados obtidos no experimento 1, verificou-se efeito quadrático sobre o consumo de proteína na análise quantitativa (volume de sêmen e concentração de espermatozóides) e qualitativa (motilidade e vigor do sêmen) do sêmen de galos reprodutores de corte no período de 27 a 61 semanas de idade. Através dos resultados da análise do sêmen e da fertilidade dos galos reprodutores, verificou-se que o nível de consumo de proteína mais adequado para machos reprodutores no período de reprodução foi o de 17 g/ave/dia. Observou-se efeito quadrático para o percentual de gordura e proteína na carcaça de galos reprodutores abatidos com 45 e 61 semanas de idade. Verificou-se que tanto a deficiência como o excesso de níveis de proteína na ração de galos reprodutores, na fase de produção, contribuíram para aumentar a percentagem de gordura na carcaça de galos. Observou-se um efeito linear entre o consumo de energia e o peso corporal de galos reprodutores na fase de produção. O consumo de energia não influenciou o volume de sêmen. Para as outras características reprodutivas, avaliadas como concentração espermática, motilidade e vigor dos espermatozóides, verificou-se que o consumo de 360 kcal de energia metabolizável foi suficiente para atender o requerimento de galos reprodutores de corte. Entretanto, o consumo de 350 kcal foi o suficiente para maximizar a fertilidade dos galos. O consumo de energia teve um efeito linear na percentagem de gordura da carcaça de galos reprodutores de corte abatidos com 45 e 60 semanas de idade. As temperaturas usadas no experimento 3 não influenciaram o peso corporal, peso dos testículos, volume de sêmen, motilidade e vigor dos espermatozóides de galos reprodutores com 34 semanas de idade alojados em câmara climática por um período de 30 dias. Entretanto, observou-se um efeito quadrático entre temperatura e a concentração espermática. Observou-se um efeito linear entre o consumo de energia, o peso corporal e o peso dos testículos nas diferentes temperaturas ambiente. Entretanto, para os parâmetros concentração espermática, motilidade e vigor dos espermatozóides, foi observado um efeito quadrático tendo como ponto de máxima 370 kcal para concentração espermática e de 360 kcal de energia metabolizável por dia para motilidade e vigor. Com base nos dados conclui-se que o melhor desempenho reprodutivo obtido neste experimento foi com 17 g de PB/ave/dia e 360 Kcal/ave/dia de EM para galos reprodutores na fase de produção.