Estratégia de superação da autoincompatibilidade e herança da sensibilidade da indução floral ao fotoperíodo em maracujazeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Lira Júnior, José Severino de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Genética animal; Genética molecular e de microrganismos; Genética quantitativa; Genética vegetal; Me
Doutorado em Genética e Melhoramento
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/1360
Resumo: Procedimentos de autofecundação em maracujazeiro (Passiflora edulis) são pouco eficientes. A reação de autoincompatibilidade inibe o crescimento do tubo polínico dos grãos de pólen de uma mesma planta ou de flores em plantas incompatíveis entre si. O maracujazeiro apresenta limitações para a obtenção de linhagens endogâmicas, essenciais à produção de híbridos e para estudos de herança, a partir de genitores homozigotos e contrastantes para as características de interesse. Plantas mutantes de P. edulis, capazes de florescer sob fotoperíodo reduzido, foram identificadas no programa de melhoramento genético do maracujazeiro, da Universidade Federal de Viçosa (UFV), Minas Gerais, Brasil. O entendimento do controle genético da insensibilidade ao fotoperíodo facilita a incorporação deste fenótipo em cultivares ou híbridos, recomendados para as regiões situadas em maiores latitudes. Além disso, esses mutantes permitem estudos sobre o entendimento do controle genético da insensibilidade de indução floral em maracujazeiro. Propôs-se uma nova metodologia de autofecundação para o maracujazeiro. Foi proposta autopolinização na antese, com a excisão dos estigmas, comparada com autopolinizações na antese e no estádio de botão. Também foram avaliados três horários de autopolinização (13 h, 13 e 17 h e 17 h). Esses procedimentos e horários foram avaliados em dois genótipos (M7 e N9). Houve significância (p≤0,05) para interação procedimentos x horários. As autopolinizações na antese sem estigmas, às 13 h e repetidas, no mesmo dia, às 17 h, atingiram percentagens de frutificação de 83,33 % (M7) e 80,56 % (N9). Não houve frutificação nas autopolinizações na antese, às 13 h ou às 17 h, como também na antese sem estigmas, às 17 h. A nova metodologia proposta, com uma autopolinização, às 13h, na antese sem estigmas, é eficiente na produção de sementes de maracujazeiro. No estudo de herança, os objetivos foram determinar o número mínimo de locos e o tipo de interação intraloco e inter-locos, envolvidos no controle do início do florescimento de um genótipo mutante de maracujazeiro, insensível à variação de fotoperíodo, sob latitude de 20°45 14 S. Na progênie de autofecundação do genitor insensível (M7) mutante, a hipótese de três locos não foi rejeitada pelo teste do . Sua relação fenotípica esperada, 27:37 (insensível:normal), e o número de plantas observado, 13:19 (insensível:normal), atingiu a máxima probabilidade associada de 85,79 %, caso rejeitada a hipótese. Na soma do cruzamento do genitor insensível (M7) com o genitor normal (N9), e seu recíproco, a hipótese de três locos também não foi rejeitada pelo teste Sua relação fenotípica esperada, 1:7 (insensível:normal), e o número de plantas observado, 7:56 (insensível:normal), obteve a probabilidade associada de 73,88 %, caso rejeitada a hipótese. A insensibilidade ao fotoperíodo (PI), exibida pelo genitor M7, é provavelmente controlada por, no mínimo, três locos em heterozigose (PI1, PI2 e PI3) e relação de dominância completa entre os alelos.