Autoenxerto da crista ilíaca, associado ou não à medula óssea autógena, na promoção de união vertebral dorsolateral lombar em coelhos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2003
Autor(a) principal: Silva, Alessandra Sayegh Arreguy
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Biotecnologia, diagnóstico e controle de doenças; Epidemiologia e controle de qualidade de prod. de
Mestrado em Medicina Veterinária
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/5167
Resumo: Neste trabalho foram conduzidos dois experimentos para avaliação do autoenxerto da crista ilíaca e de sua união à medula óssea autógena fresca na união vertebral dorsolateral lombar em coelhos. Em cada experimento foram utilizados trinta e três animais, divididos em dois grupos, com nove animais no grupo 1 (G1), que correspondeu ao grupo controle, onde foi realizada somente a descortificação dos processos transversos de L5-L6 e vinte e quatro animais no grupo dois (G2), onde foi realizada além da descortificação, a enxertia entre os processos transversos de L5-L6. Os protocolos anestésicos e a técnica cirúrgica foram os mesmos em ambos os trabalhos, diferindo o material de enxertia utilizado. No primeiro trabalho utilizou-se apenas o autoenxerto da crista ilíaca, considerado material de escolha na união vertebral. No segundo trabalho foi associado ao autoenxerto da crista ilíaca dois mililitros de medula óssea autógena fresca. Foram realizadas análises por palpação, radiografias, histologia e teste biomecânico nos segmentos operados às cinco, sete e nove semanas após o procedimento cirúrgico. Na análise por palpação manual movimentos de flexão e extensão foram realizados nos segmentos operados (L5-L6) e adjacentes (L4-L5 e L6-L7); os segmentos sólidos foram classificados como união vertebral. As análises radiográficas foram baseadas na presença de massa óssea bilateralmente sem radioluscência; na análise histológica estudou-se os espaços interlaminares e o tipo de tecido predominante; e no teste biomecânico foram analisados força e resistência da união vertebral. As avaliações por palpação manual e radiografias demonstraram não ser métodos de escolha para a determinação do grau de união vertebral, devido à grande variação observada nos resultados comparados às análises histológicas e biomecânicas. Na histologia foi possível observar a seqüência da formação óssea, desde a reabsorção dos fragmentos ósseos enxertados, a intensa reação periosteal nos processos tranversos descortificados e a formação óssea endocondral proveniente do periósteo descortificado, culminando na osteointegração e conseqüente união vertebral. No teste biomecânico a força e a rigidez dos segmentos operados foram maiores que as vértebras adjacentes, porém essa diferença não foi significativa no decorrer das análises. No primeiro trabalho, foi observado que o osso autógeno da crista ilíaca utilizado em quantidades adequadas como material de enxertia em coelhos possibilitou a união vertebral, que se intensificou às nove semanas após o procedimento cirúrgico. No segundo trabalho, a medula óssea autógena fresca associada ao autoenxerto da crista ilíaca precipitou a formação óssea, que se iniciou às cinco semanas após a cirurgia, o que constitui uma opção nos pacientes que não se pode coletar enxerto ósseo suficiente para a obtenção de artrodese vertebral.