Produção de biogás, caracterização e aproveitamento agrícola do biofertilizante obtido na digestão da manipueira

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Inoue, Keles Regina Antony
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Construções rurais e ambiência; Energia na agricultura; Mecanização agrícola; Processamento de produ
Mestrado em Engenharia Agrícola
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/3508
Resumo: Durante o processamento das raízes de mandioca, são geradas grandes quantidades de resíduos, dentre os quais se destaca a manipueira, efluente que possui elevada carga poluidora, mas que por outro lado pode ser utilizado como fertilizante e fonte de energia. Nesse contexto, o presente trabalho objetivou analisar o processo de digestão anaeróbia da manipueira, visando à quantificação do biogás produzido, à sua caracterização e ao aproveitamento agrícola do biofertilizante gerado. O experimento foi realizado no Laboratório de Digestão Anaeróbia do Departamento de Engenharia Agrícola (DEA) da Universidade Federal de Viçosa (UFV). O substrato utilizado foi a água residuária de fecularia de mandioca, previamente caracterizada. Foram utilizados nove (09) biodigestores de bancada operando em batelada, com capacidade total de 3,1 L e útil de 2 L. A casca de mandioca foi adicionada ao efluente para atingir as três (03) concentrações de sólidos totais desejadas, que constituíram os tratamentos com três repetições. No Laboratório de Qualidade da Água do DEA/UFV, foram realizadas as análises de sólidos totais (ST), sólidos fixos (SF) e sólidos voláteis (SV) do afluente e do efluente gerados no processo. Com base nos resultados, verificou-se que as maiores reduções ST e SV foram observadas na concentração de 4,5 dag L-1 de ST. O maior potencial de produção de biogás,1,39 L kg-1 de SV removidos, foi observado na concentração de 8 dag L-1 de ST. No experimento de aproveitamento do biofertilizante, conduzido no Laboratório de Digestão Anaeróbia do DEA, utilizou-se o milho cultivado em vasos plásticos, postos em bancada e cheios com 5 L de solo Cambissolo Háplico Tb Distrófico Latossólico. A adubação foi feita de acordo com as recomendações para esta cultura e o biofertilizante foi aplicado quando as plantas atingiram aproximadamente 10 cm de altura. Os tratamentos foram designados pela sigla BiDj, em que Bi indicou o biofertilizante produzido pela concentração de ST no substrato (i de 1 a 3) e Dj, a dosagem aplicada (j de 1 a 3). A testemunha foi representada por adubação convencional. No que diz respeito ao solo, os tratamentos associados às doses mais elevadas de biofertilizante resultaram em valores de condutividade elétrica que diferiram da testemunha, bem como das concentrações de cálcio + magnésio, fósforo total, potássio e sódio total disponível. A aplicação dos biofertilizantes associados à dose menor não alterou a concentração dos elementos químicos avaliados. Não houve alteração nas variáveis avaliadas na planta.