Análise técnica e ergonômica da produção de carvão vegetal de uma bateria de fornos de superfície do tipo rabo-quente

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2003
Autor(a) principal: Faria, Manoel Marques de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/9205
Resumo: O objetivo geral deste trabalho foi analisar os fatores ergonômicos no processo de produção de carvão vegetal em uma bateria de fornos rabo- quente, almejando uma melhoria no bem-estar, na saúde, na segurança, no conforto e na produtividade do operador de fornos de carbonização. Os objetivos específicos deste trabalho foram: 1) fazer um levantamento das condições de trabalho do operador de fornos de carbonização; 2) avaliar as características pessoais, sociais, econômicas e profissionais do operador; 3) avaliar os clima do local de t abalho (temperatura); 4) avaliar a capacidade r aeróbica do trabalhador; 5) avaliar a carga de trabalho do operador através do batimento cardíaco durante a jornada; 6) realizar o estudo do tempo consumido nas operações de carbonização; 7) fazer uma avaliação biomecânica das operações de carbonização. A metodologia empregada foi proposta por APUD (1987), COUTO (1996) e SANTANNA (1998). Pela análise das características geográfica-edafoclimáticas, do sistema de trabalho e da rotina diária, pôde-se perceber que as condições são adequadas para que o operador de fornos de carbonização desenvolva bem sua atividade laboral. Observou também que o operador de fornos de carbonização é um indivíduo jovem, mestiço, casado, com poucos filhos e poucos dependentes financeiros, baixo nível de escolaridade, estatura média de 171,40 cm e média de peso corporal de 68,40 kg. Dos entrevistados, 20% disseram ser analfabetos. Constatou-se que o operador é de origem predominantemente rural e religião católica. Além disso, registrou que os valores do índice de bulbo úmido e termômetro de globo (IBUTG) encontrados nos locais onde se desenvolveram as operações na atividade de carbonização estavam dentro dos limites estipulados pela Legislação Brasileira; não havendo sobrecarga térmica. Pelos resultados encontrados no teste do banco de Astrand, foi possível notar que o operador de fornos de carbonização possui uma boa capacidade aeróbica. Concluiu que a atividade de carbonização é considerada moderadamente pesada. Classificou também a carga de trabalho físico em cada operação em que a carga/descarga foi classifica como pesada e moderadamente pesada; barrelamento e expedição foram classificadas como moderadamente pesados; vedação, como leve. Havendo necessidade de pausas ao longo da jornada n operação de a carga/descarga. No estudo do tempo consumido em cada operação certificou- se que a operação de descarga consumiu menor tempo equivalente à 41% do total da jornada; as operações de carga e limpeza consumiram 60%; a operação de vedação é a que consumiu maior tempo correspondendo a 61,6% na jornada diária que é de 6 horas. Por meio da análise biomecânica, foi demonstrado que o limite de carga recomendado em todas as operações não seria suportado em todas as articulações pela maioria dos indivíduos. Na operação de carga, na fase de levantamento e deslocamento da tora, poderia haver risco de compressão do disco da coluna vertebral lombar 5 e sacro 1 (L5- S1), podendo causar lesão se o esforço fosse muito freqüente.