Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Toledo, Renata Celi Lopes |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/6477
|
Resumo: |
A dieta rica em gordura e carboidratos simples, e pobre em fibras é considerada um dos principais fatores responsáveis pelo aumento da obesidade. Esta doença está associada com a ocorrência de estresse oxidativo, resistência à insulina e baixo grau de inflamação sistêmica subclínica. Estudos mostram que a Mangifera indica L tem um elevado potencial bioativo, possuindo propriedades antioxidantes, anti-inflamatória, imunomodulatória, entre outras, as quais são atribuídas especialmente a mangiferina, seu principal composto bioativo. Estas propriedades funcionais demonstram o potencial destes compostos na prevenção e tratamento de várias desordens metabólicas. Os receptores canabinóides CB1 e os receptores ativados por proliferador de peroxissoma (PPAR) têm um papel central na regulação da homeostase energética e na regulação do metabolismo de carboidratos e lipídios; estando associados ainda com a redução do processo inflamatório. Além desses receptores as proteínas de choque térmico promovem um amplo estado anti-inflamatório, uma vez que estas chaperonas bloqueiam os fatores de transcrição pró-inflamatórios. O objetivo do presente estudo foi verificar o efeito antioxidante do extrato das folhas de Mangifera indica (manga variedade Ubá) e da mangiferina e a ação destes sobre a modulação gênica de receptores e marcadores inflamatórios e anti-inflamatórios no tecido hepático e cerebral de animais alimentados com dieta de cafeteria. O efeito do extrato (250 mg/kg) e da mangiferina (40 mg/kg) foi avaliado de duas formas: ofertados juntamente com a dieta hiperlipídica por oito dias e administrados por cinco dias após sete dias de ingestão da dieta de cafeteria. Os resultados demonstraram que tanto o extrato da folha de manga quanto a mangiferina exerceram efeitos antioxidantes e anti-inflamatórios no fígado e cérebro de animais alimentados com dieta de cafeteria. O período curto de administração dos tratamentos foi suficiente para prevenir e reverter as alterações hepáticas e cerebrais causadas pela dieta hiperlipídia, uma vez que, no geral, favoreceram o equilíbrio redox com aumento da atividade da superóxido dismutase e diminuição da peroxidação lipídica e interferiram sobre os marcadores inflamatórios com diminuição da expressão e concentração destes. Além disso, foi verificado que a ação da mangiferina em diminuir a expressão gênica de citocinas inflamatórias pode estar relacionada com a via de sinalização do receptor CB1 e PPAR, uma vez que o uso de antagonistas destes bloqueou o efeito anti- inflamatório desta xantona. Portanto, o presente estudo reforça a importância da mangiferina e do extrato de folha de manga na prevenção e no tratamento de desordens hepáticas e cerebrais decorrente da obesidade. |