Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Carvalho, Filomena Antonia de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://locus.ufv.br//handle/123456789/29236
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Resumo: |
O Sul do Estado do Maranhão faz parte da região denominada MATOPIBA, a qual é uma região do Norte/Nordeste brasileiro marcada pela expansão das atividades agrícolas em áreas de cerrado, especialmente o cultivo da soja. Um dos grandes problemas enfrentados pelos produtores de soja refere-se ao uso inadequado de herbicidas, principalmente do glyphosate, no controle das plantas daninhas. Tem-se observado perda da eficiência do glyphosate a cada safra. Acredita-se que isso esteja ocorrendo por falta de assistência técnica especializada. É comum que os produtores desta região façam várias aplicações de glyphosate em uma mesma safra de soja. Como consequência disso, há alta frequência da disseminação de espécies de plantas tolerantes e a seleção de biótipos de diversas espécies daninhas, como buva e capim-amargoso, resistentes ao glyphosate. Outro questionamento feito pela comunidade quanto ao uso abusivo do glyphosate refere-se à segurança alimentar, ou seja, como está o nível de contaminação dos grãos de soja pelo herbicida. Esta pesquisa teve como objetivo avaliar a utilização do herbicida glyphosate na cultura da soja no Estado do Maranhão no que se refere a diferentes marcas usadas, número e épocas de aplicação por safra e qualidade dos grãos colhidos quanto à segurança alimentar (concentrações de resíduos do glyphosate nos grãos). O estudo foi realizado na safra 2017/2018, abrangendo 20 propriedades nas regiões produtoras de soja do Estado do Maranhão. Inicialmente, foram aplicados questionários aos produtores para identificar as práticas adotadas no controle químico, como marca comercial, dose aplicada, número de aplicações e época de aplicação. No momento da colheita, amostras de grãos foram coletadas para análise de multirresíduos. As análises foram feitas no Laboratório de Pesticidas – LANAGRO/MG, credenciado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) para essa finalidade. Todas as propriedades avaliadas cultivam soja transgênica resistente a herbicidas. O herbicida glyphosate foi o mais utilizado nas duas regiões, sendo geralmente aplicado mais de uma vez durante o ciclo da cultura, variando apenas a marca comercial e as misturas. Foram encontrados resíduos do glyphosate acima do limite máximo em propriedades avaliadas das duas regiões produtoras de soja do Estado: 53% na região leste e 31,25% na região sul. Concluiu-se que é urgente a regulamentação, pelo MAPA, do uso do glyphosate no Estado do Maranhão, a fim de que os órgãos competentes possam exercer as atividades de fiscalização de modo legal. A continuidade do uso abusivo do glyphosate irá cada vez mais aumentar o custo de manejo das plantas daninhas. Além disso, poderá inviabilizar a comercialização da soja produzida na região para os mercados nacional e internacional, devido à alta contaminação dos grãos por resíduos do glyphosate. Palavras-chave: Herbicida. Glycine max. Segurança Alimentar. Contaminação. |