Competitividade entre os sistemas integrado e independente de produção de suínos
Ano de defesa: | 2006 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Economia e Gerenciamento do Agronegócio; Economia das Relações Internacionais; Economia dos Recursos Mestrado em Economia Aplicada UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/74 |
Resumo: | Partindo das particularidades entre os sistemas de produção de suínos integrado e independente, este trabalho analisou, por meio de um estudo multicasos, envolvendo unidades produtoras de suínos, do tipo confinado e de ciclo completo, esses dois sistemas suinícolas. O estudo teve como base o Estado de Santa Catarina (SC), maior produtor nacional de suínos com predomínio de sistemas de produção integrada, e a região do Vale do Piranga (MG), um dos principais pólos de suinocultura independente do País. O trabalho analisou a competitividade dos dois sistemas de produção de suínos por meio da análise do desempenho de cada sistema diante de diferentes cenários, com base em situações comuns ao setor. Para isso, foram levantadas estruturas de custos e receitas de seis granjas produtoras de suínos, sendo três pertencentes a cada sistema, divididas em três grupos com escalas de produção diferentes. Para analisar o desempenho das mesmas, utilizou-se o método de simulação de Monte Carlo sobre as estruturas levantadas, sendo os resultados gerados dentro da mesma escala de produção e entre escalas diferentes, considerando todo o horizonte dos dados e, por fim, em períodos de tempo específicos, que caracterizassem períodos de baixa (crise) e alta (prosperidade) na atividade. Considerando todo o horizonte de dados analisado para as variáveis determinantes da competitividade da atividade suinícola, observou-se que o sistema de produção integrado de Santa Catarina apresentou maior eficiência interna, refletida por seu menor custo de produção, no qual a variável-chave foi o custo de logística relacionado principalmente com o suprimento de insumos à empresa rural. Entretanto, quando se considerou a eficiência global do sistema, expressa pelas medidas de resultado econômico das granjas, o sistema independente do Vale do Piranga (MG) foi superior, devido, principalmente, à maior eficiência na comercialização do produto no mercado, fruto da estrutura organizacional da cadeia em que está inserido, que lhe permitiu alcançar maiores valores pelo suíno terminado. No que refere à análise dos dados de períodos de tempo específicos, os resultados destacaram a possibilidade de obtenção de maior retorno nas granjas do sistema de produção independente se comparadas às granjas do sistema integrado, durante os períodos de prosperidade da atividade, ao passo que, durante os períodos de crise, essas mesmas granjas apresentaram possibilidade de perdas superiores às integradas. Portanto, os resultados da pesquisa corroboram a percepção dos envolvidos na cadeia suinícola de que o sistema de produção integrado tem uma situação mais estável entre os períodos de alta e baixa, se comparado com o sistema independente. Dessa forma, as granjas suinícolas componentes do sistema de produção independente do Vale do Piranga (MG) foram mais competitivas, em nível de produtor rural, que as granjas do sistema integrado do Estado de Santa Catarina, tomando como base a probabilidade de obtenção de medidas de resultado econômico positivas e os retornos máximos passíveis de ocorrência, que refletem a eficiência do sistema na condução de todo o processo produtivo e traduz-se na sua maior sustentabilidade no longo prazo. |