Congelação de ovócitos desnudados ou não, maturos e imaturos de bovinos, utilizando o etileno glicol pelo método convencional
Ano de defesa: | 2002 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Biotecnologia, diagnóstico e controle de doenças; Epidemiologia e controle de qualidade de prod. de Mestrado em Medicina Veterinária UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/5153 |
Resumo: | Este estudo objetivou avaliar os efeitos da criopreservação pelo método convencional em ovócitos imaturos e maturados in vitro. O experimento foi conduzido no Laboratório de Reprodução Animal - DVT-UFV, utilizando-se ovócitos provenientes de ovários de vacas abatidas em matadouro e distribuídos aleatoriamente em seis tratamentos. Tratamento 1 (T1): ovócitos não congelados (frescos) providos de células do cumulus oophorus (COC), os quais foram imediatamente submetidos à MIV, FIV e CIV. Tratamento 2 (T2): ovócitos não congelados (frescos) e desprovidos de células do cumulus oophorus (desnudados), os quais foram imediatamente submetidos ao MIV, FIV e CIV. Tratamento 3 (T3): ovócitos imaturos, providos de células do cumulus oophorus, submetidos à criopreservação imediatamente após a seleção. Posteriormente, esses ovócitos foram descongelados e aqueles considerados normais foram submetidos à MIV, FIV e CIV. Tratamento 4 (T4): ovócitos desnudados e submetidos à criopreservação. Posteriormente, foram descongelados e aqueles considerados normais foram submetidos à MIV, FIV e CIV. Tratamento 5 (T5): ovócitos providos de células do cumulus oophorus, maturados in vitro e, em seguida, congelados. Posteriormente, foram descongelados e aqueles considerados normais foram submetidos ao recultivo em meio de maturação por duas horas e, então, submetidos à FIV e CIV. Tratamento 6 (T6): ovócitos desnudos, maturados in vitro e, posteriormente, submetidos a criopreservação. Após a descongelação, os considerados normais foram submetidos ao recultivo por duas horas seguido de FIV e CIV. A congelação dos ovócitos dos tratamentos 3, 4, 5 e 6 foi realizada em solução contendo 1,8 mol L-1 de etileno glicol (EG) em Talp-Hepes (meio base) acrescido de 0,4% de BSA-V, utilizando-se o método convencional. Os ovócitos foram desidratados por imersão em três soluções (etapas), contendo concentrações crescentes do crioprotetor, (0,6; 1,2 e 1,8 mol L-1 de EG) sendo o tempo de permanência máxima de cinco minutos em cada etapa, em temperatura ambiente. A descongelação foi realizada por imersão em banho-Maria a 30oC por 20 segundos. Posteriormente, os ovócitos foram reidratados em três etapas (0,9 mol L-1 de EG + 0,3 mol L 1 de sacarose; 0,3 mol L-1 de sacarose, e sem EG e sem sacarose), com duração de seis minutos cada uma. Após a descongelação foram recuperados 92,6, 97,5, 96,6 e 93,2%, dos ovócitos dos tratamentos 3, 4, 5 e 6, respectivamente. Em relação aos ovócitos recuperados, verificou-se uma taxa de citoplasma retraído de 3,3; 0,8; 0,3 e 6,2% e perda de conteúdo celular de 2,2; 13,1; 3,8 e 16,1%, também para os tratamentos 3, 4, 5 e 6, respectivamente. Os ovócitos congelados imaturos apresentaram taxa de maturação de 9,2 e 5,8% (tratamentos 3 e 4, respectivamente), resultados estes bem inferiores aos obtidos para os ovócitos frescos, sendo 82,5 (T1) e 75,4% (T2). Foram encontradas taxas de fecundação de 56,2; 0,0; 38,7; 8,6; 63,6 e 16,7% e de clivagem de 36,3; 7,9; 0,4; 0,0; 0,0 e 0,0%, para os tratamentos 1, 2, 3, 4, 5 e 6, respectivamente. Somente os ovócitos não congelados e não desnudados (T1) apresentaram desenvolvimento para mórulas e blastocistos (34,5%), após a fecundação. Estes resultados indicam que o protocolo de congelação adotado comprometeu a viabilidade do ovócito. |