Identificação e capacidade de adesão de Staphylococcus spp. isolados de manipuladores, superfícies e ar de ambientes de uma indústria de laticínios

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Brabes, Kelly Cristina da Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/9130
Resumo: O objetivo deste trabalho foi determinar a ocorrência de S taphylococcus spp. no ar, nas superfícies de equipamentos e nas mãos de manipuladores de ambientes de recepção, pasteurização, embalagem e produção de doce de leite, manteiga, queijos e iogurtes de um laticínio. A técnica de impressão em ágar foi empregada para quantificar o grau de contaminação do ar. A técnica de swab foi empregada para a contagem desses microrganismos nas superfícies e nas mãos dos manipuladores. Estafilococos isolados dos ambientes foram identificados e submetidos ao teste de produção e identificação de enterotoxinas SET-RPLA (OXOID ®) dos tipos A, B, C e D. A capacidade de adesão de quatro espécies de estafilococos produtores e pauciprodutores de enterotoxinas foi avaliada em superfícies de polipropileno, polietileno de baixa densidade, aço inoxidável AISI 304 #4 e vidro, por meio de microscopia de epifluorescência. Não foi verificada diferença significativa (p>0,05) entre as médias do logaritmo do número médio de Staphylococcus spp. para o ar dos ambientes, cujo número atingiu 0,6 log UFC.m-3. Essa diferença também não foi constatada para superfícies (1,01 log UFC.cm-2) e para mãos dos manipuladores (1,83 log UFC.mão-1). Dos 137 isolados de Staphylococcus spp., 46 foram provenientes do ar, 40 das superfícies e 51 das mãos dos manipuladores. As espécies mais freqüentes, acima de 10% do total de isolados, no ar e nas superfícies foram S. xylosus, S. lentus e S. aureus. Os isolados das mãos dos manipuladores, de S. epidermidis, além de S. aureus e S. xylosus, foram também identificados com porcentual acima de 10%. Dezessete isolados (12,4%) produziram pelo menos um dos tipos de enterotoxina. Isolados coagulase negativa de S. haemolyticus, S. sciuri e S. saprophyticus provenientes do ar produziram toxinas A, B C e D; entretanto, S. epidermidis produziu os tipos A e D, e uma outra estirpe produziu os tipos A, C e D. As espécies S. lugdunenensis, S. capitis e S. xylosus, isoladas de equipamentos, também coagulase negativa, produziram todos os tipos de toxina. S. hominis, isolado das mãos dos manipuladores, produziu as toxinas A, B e C, enquanto o isolado de S. capitis produziu os quatro tipos. Dentre os três isolados de S. epidermidis, um não produziu a toxina tipo C, e as demais produziram os tipos A, B, C e D. Para os estudos de adesão selecionaram-se S. epidermidis, isolado do ar do ambiente , e S. xylosus, isolado da superfície dos equipamentos, ambos produtores das quatro enterotoxinas, além de dois isolados das mãos dos manipuladores; um deles, S. saprophyticus, produtor de quatro enterotoxinas, e o outro, S. aureus, não-produtor de toxina. Observou-se que os isolados aderiram a todas as superfícies avaliadas. Não houve diferença significativa (p>0,05) no grau de adesão para as superfícies, constatando-se médias de 5,75 log UFC.cm-2 e 5,68 log UFC.cm-2, 5,87 log UFC.cm-2 e 5,84 log UFC.cm-2 para polipropileno, polietileno de baixa densidade, aço inoxidável ASI 304 #4 e vidro, respectivamente. Houve diferença significativa (p<0,05) quanto ao grau de adesão dos microrganismos avaliados. S. epidermidis apresentou menor capacidade de adesão em polietileno de baixa densidade (5,16 log UFC.cm-2) e os isolados S. aureus (5,88 log UFC.cm-2), S. xylosus (5,97 log UFC.cm-2) e S. saprophyticus (5,72 log UFC.cm-2) não diferiram entre si.