Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Morais, Juliana Meneguitte |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/8220
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Resumo: |
Este trabalho de dissertação tem como principal objetivo analisar as relações existentes entre o imaginário humano sobre o sagrado e a literatura na obra poética intitulada Nihil Sibi (1948) do escritor português Miguel Torga, pseudônimo de Adolfo Correia da Rocha. O poeta acredita que as religiões monoteístas já não são mais tão necessárias para preencher a vida humana. Para oferecer ao homem compreensão e empatia, Torga nos apresenta em Nihil Sibi a personagem do Poeta, homem comum que entende das aflições e necessidades humanas e que nos traz conforto e esclarecimento sobre a vida. A filosofia existencialista de Sartre é a base do argumento de Miguel Torga para demonstrar aos seus leitores as vantagens de despojar-se das obrigações dos dogmas religiosos, vistos por ele como obstáculos ao potencial de crescimento do ser humano. O alcance do imaginário religioso sobre a humanidade e sua representação através dos mitos e das artes será visto com a ajuda de alguns teóricos: Mircea Eliade, Gilbert Durand, Northrop Frye e René Girard. Entre os principais questionadores da dimensão que a religião adquire na vida do homem como reguladora do comportamento, estão Nietzsche, Jean-Paul Sartre e Michel Onfray. A obra poética Nihil Sibi transfigura o mito cristão sob uma nova ótica, questionando o seu impacto na vida dos homens em face a um novo comportamento que se baseia na sua negação. A figura do Poeta é transcrita numa imagem tão divina quanto aos arquétipos sagrados constantes em muitos mitos, mas traz uma mensagem de clarificação, lucidez e liberdade, em contraposição à mensagem de mistério e fé não questionadora que Jesus traz ao cristianismo. |