Seleção em populações de trigo visando tolerância ao estresse de calor

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Oliveira, Davi Melo de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Plantas daninhas, Alelopatia, Herbicidas e Resíduos; Fisiologia de culturas; Manejo pós-colheita de
Mestrado em Fitotecnia
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/4474
Resumo: O Brasil é dependente da importação de trigo, produzindo menos de 50% da demanda nacional do grão. Essa incômoda posição carece de medidas que visem o aumento da produção, como o acréscimo na produtividade e expansão da área plantada. A Região do Brasil-Central apresenta grande potencial para expansão da triticultura, contudo é caracterizada por temperaturas mais elevadas, que constitui séria limitação para a cultura em determinadas micro-regiões. Além disso, mudanças climáticas decorrentes do aquecimento global poderão impor restrições à cultura do trigo. Diante disto, genótipos tolerantes ao calor são importantes para ampla adaptação aos ambientes com estresse de altas temperaturas. Objetivando detectar variabilidade genética para tolerância ao calor entre famílias e populações segregantes de trigo; quantificar o efeito de altas temperaturas sobre genótipos de trigo e; avaliar os ganhos preditos sob diferentes índices de seleção, foram conduzidos dois experimentos na área experimental da Universidade Federal de Viçosa. Os experimentos foram semeados nos meses de fevereiro (estresse de calor) e junho (sem estresse de calor) de 2007. No primeiro experimento avaliaram-se famílias F2:4 e no segundo F2:5. Foram avaliadas 240 famílias e 16 genitores em delineamento látice quadrado 16x16, com duas repetições. Avaliaram-se os caracteres floração, altura de plantas, produção de grãos e massa de mil grãos. Todos os caracteres avaliados apresentaram redução sob altas temperaturas, sendo a produção de grãos o caráter mais afetado. Há variabilidade genética para tolerância ao calor entre genitores, populações segregantes e famílias de trigo. Os genótipos mais tolerantes ao calor foram os genitores 2 (BR 24), 3 (Aliança) e 4 (EP 93541) e as populações segregantes 1 (BH1146/BR24//Aliança/EP93541), 2 (BR24/Aliança//EP93541/CPAC9662) e 3 (Aliança/ EP93541//CPAC9662/Pioneiro). Foram preditos ganhos simultâneos para todas as características avaliadas, sendo os índices de Mulamba e Mock, de Pesek e Baker e de Kempthorne e Nordskog os que possibilitaram ganhos nos sentidos desejados para todos os caracteres. Os ganhos preditos em altura foram maiores para o índice de Pesek e Baker. Desejando-se predizer o máximo de ganho em produção, sem alterar a altura das plantas, o índice de Kempthorne e Nordskog é o mais eficiente.