Padrões comportamentais e alimentares de risco e proteção para adiposidade abdominal e doenças crônicas não transmissíveis: um estudo de base populacional

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Silva, Danielle Cristina Guimarães da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/19189
Resumo: Padrões de vida e alimentares saudáveis reduzem o risco de excesso de peso e de adiposidade abdominal. O presente trabalho tem como objetivo analisar os padrões comportamentais e alimentares de risco e proteção para adiposidade abdominal e doenças crônicas não transmissíveis em adultos. Foi realizado um estudo transversal, de base populacional, incluindo 959 adultos, de ambos os sexos, com idades entre 20 e 59 anos, residentes na zona urbana de Viçosa, Minas Gerais, Brasil. Foram aplicados questionários domiciliares para obter dados sobre as condições socioeconômicas, demográficas, comportamentais e de consumo alimentar, coleta de material biológico e aferidas medidas antropométricas para determinar a adiposidade abdominal. Os inquéritos alimentares aplicados consistiram de dois recordatórios alimentares de 24 horas e um questionário de frequência alimentar (QFA), validado para estimar o consumo de lipídeos, a partir do método das tríades. As análises estatísticas foram realizadas utilizando o pacote estatístico Stata, versão 13.1, sendo que todas as análises foram ajustadas para o efeito de delineamento amostral e ponderadas pela frequência de sexo, idade e escolaridade e atribuídos pesos pela razão entre as proporções da população, obtidos a partir do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Para a identificação dos padrões comportamentais e alimentares aplicou-se a metodologia de análise fatorial exploratória. A partir dos resultados apresentados, verificou-se que o excesso de adiposidade abdominal identificado pela medida de circunferencia da cintura foi de 59,06% (IC95% 52,77 – 65,08), pela relação cintura/quadril foi de 54,65% (IC95% 47,92 – 61,21) e pela relação cintura/estatura de 62,09% (IC95% 54,61 – 69,03). Foram determinados dois padrões comportamentais, o primeiro nomeado de “saudável”, constituído pelo agrupamento das variáveis de consumo alimentar, frutas, sucos naturais, hortaliças cruas e cozidas e o nível adequado de atividade física e asociado negativamente à adiposidade abdominal. O segundo padrão comportamental, nomeado de “risco”, constituído pelo hábito de fumar, consumo abusivo de bebidas alcoólicas e hábito de consumir carnes gordurosas (carne vermelha com gordura aparente e/ou frango com pele), foi associado positivamente à adiposidade abdominal. Após estudo da validação do QFA, verificou-se que o instrumento foi considerado um método dietético adequado para estimar a ingestão de lipídeos totais, ácido graxo linolênico e linoléico, baseado nos elevados coeficientes de validação. Quanto aos padrões alimentares, foram identificados dois padrões, nomeados de “tradicional” e “bar”, sendo que somente o último padrão se associou como fator de risco para a adiposidade abdominal. O estudo apresenta a importância da realização do agrupamento de múltiplos fatores de risco e proteção comportamentais e dietéticos para explicar melhor as condições de saúde de um grupo.