Risco de falha de controle de populações brasileiras de lagarta-do-cartucho por inseticidas em pulverização e em tratamento de sementes

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Monteiro, Hugo Marinho
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://locus.ufv.br//handle/123456789/32249
Resumo: O manejo da lagarta-do-cartucho Spodoptera frugiperda (Lepidoptera: Noctuidae) é considerado uma das importantes práticas para se evitar perdas de produtividade em milho, mas a manutenção da eficácia dos métodos de controle é um desafio e requer pesquisa sobre a atual eficiência das táticas de manejo da praga. Neste trabalho, foi determinada a eficiência de seis inseticidas em populações de campo de diferentes regiões brasileiras mediante avaliações de falha de controle e sobrevivência de lagartas de diferentes ínstares. Por fim, foi testada a eficiência do tratamento de semente em lagartas e seu efeito residual em plântulas de milho no laboratório. Os resultados mostraram risco de falha de controle da lagarta-do-cartucho pelos inseticidas lambda-cialotrina, flubendiamida, clorantraniliprole, clorpirifós e espinosade. Os inseticidas clorantraniliprole, espinosade e clorfenapir causaram substancial mortalidade de lagartas pequenas (0,5-1,0 cm), médias (1,1-2,5 cm) ou grandes (2,5-4,0 cm). Em contraste, o inseticida lambda-cialotrina permitiu sobrevivência larval maior que 75%. O tratamento de sementes com o inseticida imidaclopride+tiodicarbe foi o mais eficiente em plantas de 11-21 dias após o plantio e também contra lagartas de até 10 dias de idade, seguido de clorantraniliprole. No entanto, carborfurano foi ineficiente para o controle de lagartas. Em suma, esses resultados indicam que há risco de falha de controle para alguns dos inseticidas testados e que tal risco pode variar com o tamanho das lagartas. Por fim, o tratamento de sementes com certos inseticidas pode ser eficiente no controle de S. frugiperda e apresentar efeito residual até 21 dias após o plantio.