Comportamento sexual, parâmetros seminais e diluição pós-congelamento de sêmen de jumentos (Equus asinus) da raça Pêga
Ano de defesa: | 2012 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Biotecnologia, diagnóstico e controle de doenças; Epidemiologia e controle de qualidade de prod. de Mestrado em Medicina Veterinária UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/5095 |
Resumo: | O objetivo do presente estudo foi observar aspectos do comportamento asinino a partir da descrição de várias coletas realizadas com vagina artificial e relacionar esse comportamento com os parâmetros seminais. Avaliou-se, ainda, a eficácia da formulação do diluente T2-94 acrescido de dimetilformamida na proteção das células espermáticas durante a criopreservação do sêmen de jumentos da raça Pêga; analisou-se o efeito da reintrodução do plasma seminal (PS) após o descongelamento na proteção contra o estresse osmótico desse mesmo sêmen; e também o efeito da diluição com Botu-Sêmen® (BTU), avaliando-se os efeitos nos parâmetros de viabilidade espermática mediante as avaliações in vitro , descritas no capítulo 2. Foram utilizados neste estudo três jumentos da raça Pêga. Em um primeiro momento, as coletas foram realizadas somente para observação do comportamento sexual dos animais: Número de Reflexos de Flehmen (RF), Números de montas sem ereção (MSE) e Tempo de reação (TR), além da avaliação do sêmen fresco não diluído. Como resultados, observou-se que os animais faziam, em média, 3,9 RF, 1,4 MSE e finalizavam o serviço em torno de 24,8 min. A média do volume ejaculado foi 53 mL. A motilidade média foi de 77%, e o vigor de 3,7±0,3. A concentração espermática variou de 683 a 710 milhões de espermatozoides por mL de sêmen ejaculado. Na morfologia, a média foi de 12% de células inviáveis no ejaculado. Concluiu-se que, quanto maior o tempo de reação e o número de montas sem ereção, maior a quantidade de ejaculados com a presença de gel. A melhor adequação do manejo a ser empregado, nas condições do estudo, depende proporcionalmente do conhecimento sobre o comportamento sexual dos animais utilizados. Em um segundo momento, sêmen coletado dos referidos animais foi destinado ao congelamento, utilizando-se o diluente T2-94, acrescido do crioprotetor dimetilformamida. No descongelamento, as amostras foram diluídas em PS ou BTU e observadas por duas horas, durante o teste de termorresistência (TTR). Foram retiradas amostras para avaliação, desse sêmen descongelado, da morfologia e para teste de estresse hiposmótico em três tratamentos (controle, com PS e com BTU). Os resultados mostraram que a motilidade foi superior no tratamento com PS (55,9%), quando comparada com o grupo controle (50,6%). Já a média do vigor espermático foi de 3,4 nos tratamentos com adição de PS e de BTU pós-congelamento. O número de células reativas ao teste supravital, e a porcentagem de defeitos totais observados na morfologia espermática, não diferiram entre os tratamentos. No Teste Hiposmótico, o número de células reativas foi superior no tratamento com adição de PS (43,5%). Durante o TTR, a motilidade manteve-se maior até duas horas após o descongelamento nos tratamentos com adição de PS ou com adição de BTU (25,2±10,6 e 23,4±13,1, respectivamente). O mesmo ocorreu com o vigor espermático que no tempo 90 min apresentava 2,8±0,4 no tratamento com adição de PS, e 2,4±0,6 com adição de BTU. A avaliação do meio T2-94 acrescido de dimetilformamida para sêmen de jumentos foi positiva, demonstrando ser capaz de preservar motilidade dos espermatozoides após a criopreservação. A reintrodução do PS mostrou melhora nos parâmetros seminais e manteve um padrão seminal aceitável nos testes in vitro . |