Sensoriamento remoto aplicado ao monitoramento do déficit hídrico e fenologia da cultura da soja

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Farias, Diego Bispo dos Santos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Engenharia Agrícola
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://locus.ufv.br/handle/123456789/33710
https://doi.org/10.47328/ufvbbt.2024.771
Resumo: Avaliar o impacto do déficit hídrico nos diferentes estádios fenológicos da soja é essencial para o manejo da cultura. Considerando regiões como a do Cerrado, onde essa cultura tem sido cada vez mais irrigada, essa informação é importante também para o manejo da irrigação e planejamento de uso de recursos hídricos. O uso de veículos aéreos não tripulados (VANTs) tem sido incentivado como uma alternativa às imagens de satélite para o monitoramento de culturas agrícolas, principalmente no que diz respeito à demanda hídrica. Esta tese objetivou verificar o impacto do déficit hídrico na soja e utilizar técnicas de sensoriamento remoto para o monitoramento deste impacto. Utilizou-se um delineamento experimental em blocos casualizados com cinco tratamentos e quatro repetições. No tratamento controle (TR1), a irrigação atendeu à demanda hídrica da cultura em todos os estádios de desenvolvimento. Nos demais tratamentos, a irrigação foi suspensa em estádios fenológicos específicos (TR2 = VC-V2, TR3 = V2-R1, TR4 = R1-R5 e TR5 = R5-R7) e depois retomada. A maior redução de índice de área foliar (56%), em relação ao TR1, foi observada no estádio fenológico V2-R1, no tratamento TR3. O TR4 foi o tratamento que apresentou a maior redução na altura de plantas (28%), em relação ao TR1. As maiores reduções de produtividade foram observadas nos tratamentos TR4 (50%) e TR5 (52%). A produtividade de uso da água foi menor em 28% no tratamento TR4 e 39% no TR5. A ETa foi menor em 14%, 26%, 26% e 22% nos tratamentos TR2, TR3, TR4 e TR5, respectivamente. Observou-se correlação linear entre a produtividade e o déficit hídrico no solo, ETa total e produtividade média, déficit hídrico no solo médio e ETa total, com valor de r² igual a 0,77, 0,91 e 0,85, respectivamente. Os índices EVI2, OSAVI, SAVI e RDVI foram altamente correlacionados com o índice de área foliar (IAF), apresentando r² superiores a 0,80 e RMSE inferiores a 0,5. Para a biomassa (BIO), EVI2, OSAVI e RDVI também mostraram correlações significativas com r² = 0,70 e RMSE < 1,75. Além disso, os índices NDRE, SCCCI, RECI, GRVI, GCI e GNDVI foram altamente correlacionados com a produtividade, com r² = 0,90 e RMSE < 0,18. O IEHC nos tratamentos aos 30 DAS variou entre 0,31 e 0,36. O IEHC médio do tratamento TR1 dos 30 aos 93 DAS foi de 0,29, com um valor máximo de 0,46, podendo este ser o limite para a aplicação de irrigação na soja. Os resultados indicaram uma forte correlação entre a ETa e o IEHC, com um r² maior que 0,8. O IAF e BIO tiveram melhores correlações com o IEHC aos 65 DAS, com valores de r² acima de 0,60. Em relação à produtividade, a melhor correlação com o IEHC foi observada aos 93 DAS, com valor de r² igual a 0,72. Os valores de ETa medidos mostraram forte correlação com o modelo SSEBop, produzindo alto valor de r², baixo RMSE de 0,65 mm d-1, MBE de -0,30 mm d-1 e EF de 0,71. Palavras-chave: estádios fenológicos ; veículos evapotranspiração ; irrigação ; produtividade de aéreos não tripulados ; uso da água.