Estudo citogenético e molecular de Astyanax scabripinnis (JENYNS, 1842) e Deuterodon pedri EIGENMANN, 1908 (TELEOSTEI, CHARACIDAE) do alto rio Santo Antônio, Minas Gerais, Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Sanches, Natália Coutinho
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Biologia e Manejo animal
Mestrado em Biologia Animal
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/2295
Resumo: Os Characiformes compõem uma das maiores ordens de peixes, possuindo mais de 1.600 espécies na América do Sul, subdivididas em cerca de 16 famílias. A maioria das famílias dessa ordem possui evidências de monofilia, mas não há consenso sobre a monofilia de Characidae. Dentre as dezenas de espécies incertae sedis dessa família, estão Astyanax scabripinnis e Deuterodon pedri. O gênero Astyanax é bastante especioso e amplamente distribuído. Apesar de muitas populações já terem estudos citogenéticos, apenas 18 espécies possuem cariótipos descritos, e até agora não verificou-se a existência de cromossomos sexuais. A. scabripinnis é uma espécie amplamente estudada, caracterizada por grandes divergências morfológicas e citogenéticas. A maioria dos estudos dessa espécie ocorreu nas bacias do Paraná e do São Francisco. Deuterodon possui poucas espécies, e as espécies presentes no Sul do Brasil têm sido propostas como membros de um clado monofilético. Poucos trabalhos foram feitos com D. pedri, espécie endêmica do rio Santo Antônio, e sua filogenia -assim como os de muitos Characidae - é bastante controversa. O rio Santo Antônio abriga diversas espécies de peixes, incluindo populações simpátricas de A. scabripinnis e D. pedri. As técnicas citogenéticas (coloração convencional, Ag-NOR, banda C e FISH) evidenciaram a existência de cromossomos sexuais em A. scabripinnis - primeiro caso no gênero, e os dados moleculares corroboraram a definição dessa população como uma unidade evolucionária distinta. Os resultados das técnicas citogenéticas (coloração convencional, Ag- NOR, banda C e FISH) realizadas em D. pedri foram similares aos encontrados em D. stigmaturus. Os cladogramas gerados a partir dos genes COI e RAG2 sugerem que D. pedri está relacionado com Deuterodon singularis e com outras espécies do mesmo gênero, assim como com outros gêneros de distribuição costeira. Ambos os resultados moleculares podem ser explicados por processos de variações eustáticas do mar, assim como por capturas de cabeceira entre as drenagens costeiras com drenagens continentais.