Análise do comportamento de rejeitos de mineração de ferro submetidos ao ensaio HCT

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Menezes, Ana Carolina Carvalho de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/11526
Resumo: O crescente avanço tecnológico vem cobrando um preço alto em termos ambientais, ao exigir uma intensificação na exploração dos recursos minerais. A necessidade do uso de jazidas consideradas anteriormente inviáveis, pelo baixo teor de minerais, gera volumes maiores de resíduos divididos em estéril e rejeito. Os estéreis normalmente não são agressivos ao meio ambiente e podem ser estocados em pilhas. Os rejeitos, ao contrário, podem ser agressivos, de forma que sua estocagem deve atender tanto às disponibilidades econômicas das mineradoras, quanto à necessidade do menor impacto possível ao meio ambiente. Quando disposto em forma de polpa, ou lama, o sucesso depende diretamente de um bom dimensionamento dos reservatórios. Para que isso ocorra, é necessário avaliar corretamente tanto a compressibilidade quanto a condutividade hidráulica do material. Entretanto, as lamas provenientes destes processos são muito moles e a teoria do adensamento convencional de Terzaghi não se aplica. Sendo assim, esses materiais passaram então a ser estudado através de uma teoria de adensamento com deformações finitas e ensaios especiais de adensamento. Entre estes, nas últimas décadas o ensaio HCT (Hydraulic Consolidation Test) ganhou um espaço cada vez maior no estudo do comportamento de rejeitos de mineração. Este ensaio tem como princípio geral a aplicação de um fluxo descendente ao longo da amostra que, em associação aos efeitos de peso próprio, induz o adensamento por forças de percolação. Além disso, durante o ensaio são aplicadas velocidades distintas de percolação, gerando valores constantes de diferença de pressão entre o topo e a base da amostra. É relevante, então, verificar a influência da escolha da velocidade nos resultados finais. E para um estudo mais completo, é importante que sejam realizados ensaios com diferentes teores de sólidos, e assim verificar se essa variação interfere de alguma forma nos viiiresultados. Após a análise dos resultados, percebeu-se que no caso do rejeito de granulometria fina, a variação do teor de sólidos inicial, não interfere grandemente na proporção da mistura no momento do ensaio. Desse modo, as curvas de compressibilidade e permeabilidade não apresentam valores discrepantes entre si, e foram consistentes com resultados característicos de materiais finos. Em se tratando do rejeito grosso, o HCT se mostrou adequado à obtenção dos parâmetros necessários, através de um procedimento iterativo. Seus resultados foram compatíveis com os obtidos através do ensaio de adensamento incremental, comprovando sua validade. Também foi possível concluir, que para ambos os rejeitos, a escolha da velocidade de fluxo não interfere significativamente no resultado final.