Aspectos relacionados ao descarte de matrizes em granjas comerciais de suínos de Minas Gerais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Costa, Aurea Helena Assis da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Biotecnologia, diagnóstico e controle de doenças; Epidemiologia e controle de qualidade de prod. de
Mestrado em Medicina Veterinária
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/5125
Resumo: Objetivou-se avaliar aspectos relacionados ao descarte de matrizes em granjas comerciais de suínos em Minas Gerais. Foram analisados 29.568 eventos ocorridos como coberturas, parições, abortamentos e repetição de estros dentre outros, em quatro granjas (A, B, C e D) situadas no estado de Minas Gerais. Foram avaliados os biênios 2008-2009 e 2010-2011, cujos dados encontravam-se armazenados em bancos de dados do programa de gerenciamento Pigchamp®. As taxas de descartes anuais foram elevadas, perfazendo um total de 55,10; 40,63; 56,12 e 43,44% no primeiro e 58,37; 37,15; 42,18 e 48,32% no segundo biênio, nas granjas A, B, C e D, respectivamente. A maior taxa de descarte nos dois biênios nas granjas A, B e D foi de matrizes sem problemas evidentes e apresentando bons índices produtivos, totalizando 39,02; 13,02 e 17,77% no primeiro e 40,00; 7,95 e 16,09% dos animais descartados no segundo biênio, respectivamente. Entretanto, esta condição ocupou o segundo lugar de destaque na granja C durante o primeiro biênio. Neste biênio, destacou-se nesta granja a baixa média de nascidos totais (15,5%), sendo 11,4% a taxa de descarte de matrizes sem problemas evidentes. Já no segundo biênio, várias causas de descartes foram mais elevadas nesta granja do que a encontrada para matrizes sem problemas evidentes (4,22%), como o abortamento (18,67%), a descarga vulvar (13,56%) e ferimentos (12,44%). O anestro não teve destaque como causa de descarte nos dois biênios avaliados. Assim, as taxas encontradas para esta condição foram 0 e 1,07% na granja A; 0,15 e 0,76% na B; 1,70 e 0,22% na C e 0,0 e 1,73% na granja D, nos dois biênios avaliados, respectivamente. Por outro lado, a repetição de estro como causa de descarte apresentou taxas variáveis, dependendo da granja avaliada. Assim, as taxas encontradas para esta condição foram 1,40 e 0,27%; 10,50 e 11,93%; 8,28 e 3,56%; 4,56 e 7,96% nas granjas A, B, C e D, nos dois biênios avaliados, respectivamente. Além das causas de descartes anteriormente relacionadas, foram também encontradas outras com incidência variável entre as granjas, tendo em vista que são dependentes dos manejos reprodutivo e geral de cada rebanho. Verificou-se ainda, em todas as granjas avaliadas, registros de causas de descartes que não condiziam com a real condição do animal. Conclui-se que a elevada taxa de descarte observada em matrizes suínas poderia ser reduzida, tendo em vista que são descartados animais sem problemas evidentes e com excelentes índices de produtividade. Conclui-se ainda que a verdadeira causa de descarte algumas vezes não é corretamente registrada, tendo em vista que os resultados não são posteriormente utilizados para a tomada de decisões, visando efetuar possíveis correções de manejo na granja e um melhor aproveitamento das matrizes do plantel.