Seletividade de inseticidas recomendados para a cultura do algodão ao parasitóide de pupas Palmistichus elaeisis (Hymenoptera: Eulophidae)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Barbosa, Wagner Faria
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Plantas daninhas, Alelopatia, Herbicidas e Resíduos; Fisiologia de culturas; Manejo pós-colheita de
Mestrado em Fitotecnia
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/4531
Resumo: Insetos pragas podem reduzir a produção do algodoeiro e o controle biológico pode reduzir o uso excessivo de inseticidas nessa cultura. O endoparasitóide gregário de pupas de lepidópteros e coleópteros Palmistichus elaeisis Delvare & LaSalle (Hymenoptera: Eulophidae), por ter hábito generalista e facilidade de criação em hospedeiro alternativo, pode ser utilizado no controle biológico de pragas do algodoeiro. O objetivo dessa pesquisa foi estudar o impacto dos inseticidas acefato, cartape, clorfenapir e deltametrina, utilizados no manejo de pragas do algodoeiro, na mortalidade, reprodução e no aparelho reprodutor feminino de P. elaeisis. Fêmeas adultas de P. elaeisis com, até, 24 horas de idade foram expostas a folhas de algodoeiro tratadas nas doses de 1, 10, 25, 50, 75 e 100% da recomendada para esses inseticidas no campo, enquanto o controle teve, apenas, água destilada. A mortalidade de P. elaeisis foi avaliada após 24, 48 e 72 horas da exposição aos inseticidas. Acefato e clorfenapir mataram 100% dos indivíduos desse parasitóide na maioria das doses após 24, 48 e 72 horas. A mortalidade de P. elaeisis exposto ao cartape e deltametrina foi, no máximo, de 15 e 38,33% respectivamente, após 72 horas. Por isso, o efeito desses inseticidas na reprodução e no ovário de P. elaeisis foi avaliado. A deltametrina a 100% reduziu em 30% o parasitismo de P. elaeisis e não apresentou efeito no aparelho reprodutor de fêmeas desse parasitóide. Cartape, embora seletivo, inibiu o parasitismo de P. elaeisis nas doses de 50 e 100% e causou morte das células nutridoras desse parasitóide quando seus ovócitos estavam na fase inicial de desenvolvimento. Acefato e clorfenapir são altamente tóxicos a P. elaeisis e devem ser evitados com esse parasitóide. A deltametrina é seletiva e teve baixo impacto na reprodução de P. elaeisis e, por isso, pode ser utilizada com esse parasitóide no algodoeiro. O cartape afeta a reprodução de P. elaeisis e pode limitar a eficiência desse parasitóide em campo.