Indicadores ambientais em áreas de riscos de deslizamentos de terra em Juiz de Fora, Minas Gerais

• Ano de defesa: 2014
• Autor(a) principal: Fonseca, Letícia d’Agosto Miguel
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
• Palavras-chave em Português: Deslizamentos (Geologia); Física do solo; Solos - Análise; Geologia - Métodos estatísticos; Ciência do Solo
• Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/6438

Objetivou-se com este trabalho, identificar os indicadores ambientais que influenciaram na ocorrência de deslizamentos de terra considerando aspectos geotécnicos, o levantamento e mapeamento dos solos e de outros atributos do meio físico, utilizando os recursos dos Sistemas de Informação Geográfica na cidade de Juiz de Fora, Minas Gerais. A metodologia foi divida em três etapas: coletas de amostras de solo, análises em laboratório que foram realizadas nos Departamentos de Solos e da Engenharia Civil da Universidade Federal de Viçosa e a etapa de geoprocessamento. Foi realizada a abertura e descrição do perfil de solo, coletadas amostras deformadas e com estrutura preservada por meio do anel volumétrico na superfície e amostras deformadas subsuperficiais onde se observou em profundidade dois fatores: textura e mudança de horizonte, em 43 pontos distribuídos na área da sub-bacia do córrego do Yung, no bairro Três Moinhos. Também foram coletadas amostras indeformadas para os ensaios geotécnicos nos horizontes B e C. Os dados das análises físicas foram espacializados no programa R por meio do pacote geoR e realizaram-se as interpolações usando o método da Krigagem Simples. Também os dados de profundidade do solum e a condutividade hidráulica foram mapeados através de ferramentas disponíveis no ArcGis 10.1. Os resultados apontaram que não é necessária a ocorrência de eventos extremos de chuva para que ocorram deslizamentos na cidade. Estes estão relacionados ao padrão de moradia, relevo e uso e ocupação do solo. A caracterização geotécnica evidenciou menor resistência à erodibilidade do horizonte B em relação ao horizonte C, que apresentou maior perda de solo acumulado, em vista do menor teor de argila e ausência de estrutura. O ensaio de cisalhamento direto mostrou que a resistência quanto ao solo natural comparando os horizontes é próxima, mas ao ensaiar o solo saturado há um decréscimo acentuado na resistência do horizonte C. Concluindo, áreas expostas de horizonte C, solos pouco profundos e muito declivosos evidenciam maior potencial de erosão. Os dados de textura foram satisfatórios para a realização da análise geoestatística, pois o modelo identificou as cicatrizes de deslizamento pela elevada presença de silte e a correlação entre os atributos físicos do solo.