Identificação de novas possíveis variantes do Infectious Bursal Disease Virus (IBDV)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Félix, Francisney Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Bioquímica e Biologia molecular de plantas; Bioquímica e Biologia molecular animal
Mestrado em Bioquímica Agrícola
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/2428
Resumo: A avicultura brasileira é a líder mundial em exportação de carne de frango. Um dos principais agentes causadores de prejuízos na indústria avícola é o vírus da doença infecciosa da bursa (VDIB) (Infectious Bursal Disease Vírus - IBDV), pertencente à família Birnaviridae. Existem dois sorotipos de IBDV: sorotipos 1 e 2, sendo que todos os vírus capazes de causar a doença nas aves pertencem apenas ao sorotipo 1. No Brasil, esse vírus vem sendo responsável por grandes prejuízos econômicos na avicultura. Entre os anos de 2005 a 2009 causou 237 surtos em plantéis brasileiros levando a morte e o sacrifício de 868.054 aves no país. Uma vez infectada, a ave pode apresentar imunossupressão, diarréia, prostração, penas eriçadas e até mesmo vir a óbito, sendo que a mortalidade pode variar de acordo com a linhagem viral presente, status imunitário e idade da ave. A proteína externa do capsídeo (VP2) do IBDV possui uma região denominada como hipervariável que é utilizada para caracterização viral. Atualmente as linhagens virais são classificadas como: atenuada (atIBDV), variante (avIBDV), altamente virulenta (vvIBDV), cepa clássica e cepa selvagem. O objetivo geral desse trabalho foi realizar uma análise comparativa da sequência da região hipervariável da VP2 de linhagens virais obtidas da bursa de Fabrícius de aves com suspeita do IBD, provenientes de três municípios no estado de Minas Gerais. E avaliar a possível ocorrência de novas linhagens variantes virais circulantes em campo. A presença do vírus foi confirmada depois que uma sequência de 472pb do gene que codifica a VP2 foi amplificada por RT-PCR e seqüenciada. Das oito amostras avaliadas, seis foram positivas para o vírus e tiveram suas sequências comparadas com outras 98 disponíveis no GenBank, através do programa ClustalW, para o estudo da diversidade genética dessas linhagens. Para analisar as variações dos resíduos de aminoácidos, as sequências obtidas a partir desses isolados foram alinhadas com as sequências de aminoácidos de outros isolados caracterizados pela literatura utilizando o programa CLC Main Workbench Version 5.5 (CLC Bio). A hipótese filogenética foi inferida por Inferência Bayesiana (BI) através do programa MrBayes v3.1. Os resultados mostraram que as sequências de nucleotídeos foram agrupados em um clado exclusivo na árvore filogenética devido a variações de aminoácidos da VP2, diferente de sequências muito virulentas, cepas selvagem, cepas clássica e cepas atenuadas. Além disso, diferenças na região hipervariável da VP2 dessas sequências, quando comparadas com as sequências de 4 linhagens vacinais disponíveis no GenBank, mostrou que estas podem tratar-se de novas variantes virais que estão em circulação em granjas comerciais não possuindo, portanto origem vacinal. Dessa forma, protocolos de vacinação devem ser reavaliados nesses plantéis.