Aspectos motivacionais da prática regular de atividade física consoante características individuais em adolescentes de Viçosa-MG

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Morais, Gleison Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Educação Física
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://locus.ufv.br/handle/123456789/32641
https://doi.org/10.47328/ufvbbt.2024.061
Resumo: Apesar do acesso à informação sobre Atividade Física (AF) e saúde na era digital, e da existência de inúmeros programas que incentivam a Prática Regular de Atividades Físicas (PRAF), os índices mundiais de inatividade física entre adolescentes ainda são alarmantes, ultrapassando 80%. Para enfrentar essa questão, é necessário compreender os fatores que contribuem para a inatividade física nesse grupo, incluindo aspectos biopsicossociais e motivacionais. Compreender esses aspectos pode ser a chave para identificar os fatores mais eficazes na promoção e manutenção do engajamento dos adolescentes na PRAF. Assim, o objetivo do estudo foi investigar os aspectos motivacionais para a PRAF, considerando as características individuais de adolescentes praticantes regulares de AF de Viçosa-MG. A pesquisa, envolveu 560 adolescentes de ambos os sexos, com idades entre 15 e 19 anos, regularmente matriculados no ensino médio de 10 escolas (7 públicas e 3 privadas). Foram utilizados questionários para obter dados de caracterização da amostra, dimensões e regulações motivacionais, além de serem realizadas avaliações antropométricas, para auxiliar na identificação do estado nutricional dos indivíduos. A pesquisa foi dividida em dois artigos originais, ambos com análise inferencial. Após análise de normalidade dos dados, foram utilizados os testes estatísticos U – Mann Whitney, Kruskal-Wallis com post hoc de Dunn e a Correlação de Spearman. O nível de significância adotado foi de α=5%. No primeiro artigo, observou-se que 36,6% dos adolescentes foram categorizados como insuficientemente ativos, apesar de serem praticantes regulares de AF. Além disso, 73,6% foram classificados como eutróficos. Houve diferenças nas preferências de AF entre os sexos, com os rapazes praticando uma variedade maior de modalidades de AF. Em relação à quantidade de tipos de AF praticadas, houve equidade entre os sexos, com a maioria praticando principalmente um tipo de AF, geralmente em ambientes fechados. As dimensões Prazer (PR), Saúde (SA) e Estética (ES) foram as mais importantes para a PRAF, enquanto a Competitividade (CO) foi a menos relevante, independentemente das características individuais. No segundo artigo, as correlações entre as regulações motivacionais apresentaram padrões diferentes conforme cada característica individual. As moças apresentaram correlações mais fortes entre as regulações mais autônomas, destacando a autonomia e a internalização do comportamento a PRAF. A amotivação correlacionou-se negativamente com regulações mais autônomas entre os sexos. Nos grupos etários, os rapazes apresentaram um padrão correlacional parecido, com diferença apenas na força de correlação entre a regulação externa e introjetada. As moças mais jovens apresentaram correlações e magnitudes maiores do que as mais velhas, particularmente entre amotivação e as demais regulações. Descobertas recentes destacam a importância de considerar grupos etários e regulações motivacionais específicas ao incentivar a PRAF entre adolescentes de acordo com suas características individuais. Além disso, os resultados indicam que a motivação para a PRAF varia conforme o estado nutricional em cada sexo, reforçando a necessidade de estratégias personalizadas para minimizar a evasão da AF regular e incentivando comportamentos motivados mais autônomos na PRAF entre adolescentes. Palavras-chave: Atividade física. Motivação. Adolescente. Faixa etária. Sexo. Estado nutricional.