Estratégias para a otimização da produção massal ‘in vivo’ de Pasteuria penetrans

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2004
Autor(a) principal: Alves, Fábio Ramos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/10177
Resumo: Experimentos foram conduzidos em laboratório e casa de vegetação objetivando o aprimoramento do método clássico de multiplicação de Pasteuria penetrans ‘in vivo’, proposto em 1980 por Stirling e Wachtel. No primeiro experimento comparou-se a produção de endósporos da P. penetrans em raízes de tomateiro de crescimento indeterminado cv. Santa Clara e determinado cv. TRural 1. Maiores pesos de matéria fresca e seca e número de endósporos foram observados em tomateiro cv. Santa Clara. O segundo experimento foi realizado para determinar a concentração ideal de endósporos de P. penetrans na suspensão e o tempo de agitação necessário para adesão adequada de endósporos aos nematóides para multiplicação da bactéria. Para que se obtenham seis endósporos, em média, por juvenil de segundo estádio (J2) de Meloidogyne javanica, verificou-se serem necessárias suspensões contendo 3,3 x 10 5 endósporos/mL, agitadas por 10 a 20 minutos, ou 3,3 x 10 4 endósporos/mL por 50 minutos. Em outro ensaio, comparou-se a multiplicação de P. penetrans em população pura de M. incognita ou em população composta de M. incognita e M. javanica oriunda de um campo de cultivo de tomate. A produção de endósporos de P. penetrans em tomateiro inoculado com M. incognita foi aproximadamente três vezes superior àquela em plantas inoculadas com população mista. Realizou-se também um teste de adesão de P. penetrans às duas populações do nematóide. Foi observado maior número de endósporos aderidos aos J2 de M. incognita. A produção de endósporos da P. penetrans em plantas de tomateiro cv. Santa Clara com 15, 30, 45 ou 60 dias de idade e inoculadas com 5.000, 15.000 ou 25.000 J2 foi avaliada. As plantas com 30 e 45 dias de idade inoculadas com 25.000 J2 permitiram a multiplicação de P. penetrans cerca de 19 vezes maior àquela obtida em plantas inoculadas com 5.000 J2. Com o objetivo de determinar se maiores níveis de matéria orgânica adicionada ao substrato provocavam alterações fisiológicas nos nematóides ou nas plantas de tomate, estudou-se a influência de diferentes proporções de solo, areia e esterco de curral (1:1:0, 2:2:1, 1:1:1 ou 1:1:2 (V:V:V), respectivamente) e três níveis de inóculo de espécies de Meloidogyne (3.000, 6.000 e 9.000 J2) sobre a concentração de fenóis em raízes de tomateiro, no teor de lipídios de espécies de Meloidogyne, e em possíveis alterações em células gigantes induzidas por esses nematóides. Não se observou efeito dos tratamentos no teor de lipídios dos nematóides. A concentração de fenóis nas raízes aumentou à medida que se acrescentou mais esterco de curral ao substrato ou quando as plantas foram inoculadas com mais nematóides (9.000 J2). As células gigantes em raízes de plantas cultivadas nos substratos 1:1:0 e 2:2:1 (solo:areia:esterco) foram mais numerosas, maiores e com maior número de núcleos. Por outro lado, as células gigantes de plantas cultivadas no substrato 1:1:1 e 1:1:2, além de menos numerosas, apresentaram alterações no tamanho e formato, demonstrando o efeito deletério das maiores doses de esterco sobre esses sítios de alimentação. O último ensaio foi conduzido para avaliar o efeito de crescentes quantidades de esterco de curral nos substratos e níveis de inóculo de espécies de Meloidogyne na reprodução de P. penetrans. Maior percentual de fêmeas infectadas por P. penetrans foi observado quando se utilizou o substrato 1:1:0 em relação aos substratos 1:1:1 e 1:1:2 ou quando as plantas foram inoculadas com 3.000 J2. O experimento foi repetido uma vez e na primeira condução do experimento, plantas cultivadas no substrato 1:1:0 ou inoculadas com 9.000 J2 apresentaram maior número de endósporos; entretanto, na segunda condução do experimento as plantas inoculadas com 9.000 J2 e cultivadas no substrato 2:2:1 foram as que permitiram maior reprodução de P. penetrans.