Características das sparks espontâneas de Ca2+ em cardiomiócitos de ratos espontaneamente hipertensos submetidos ao treinamento e ao destreinamento físico.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Quintão Júnior, Judson Fonseca
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Aspectos sócio-culturais do movimento humano; Aspectos biodinâmicos do movimento humano
Mestrado em Educação Física
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/3477
Resumo: O objetivo do presente estudo foi investigar os efeitos do treinamento e do destreinamento físicos sobre as características das sparks espontâneas de Ca2+, em cardiomiócitos de ratos espontaneamente hipertensos (SHR). Ratos SHR e Wistar normotensos com 16 semanas de idade, peso inicial de 357,5±4,0g (SHR) e 385,2±6,6g (Wistar), foram separados aleatoriamente em 8 grupos: hipertenso sedentário (HS); hipertenso treinado (HT); normotenso sedentário (NS); normotenso treinado (NT); hipertenso sedentário por 12 semanas (HSD); hipertenso destreinado (HD); normotenso sedentário por 12 semanas (NSD); normotenso destreinado (ND). Os animais dos grupos (HT, NT, HD e ND) foram submetidos a um programa de treinamento de corrida, 5 dias por semana, 1h por dia, numa intensidade de 60-70% da velocidade máxima de corrida, durante 8 semanas. Os animais dos grupos HD e ND permaneceram sem exercícios físicos por 4 semanas após a 8ª semana de treinamento. Após a eutanásia, cardiomiócitos das regiões do sub epicárdio (EPI) e do sub endocárdio (END) do ventrículo esquerdo e do ventrículo direito (VD) foram isolados por dispersão enzimática. As medidas das sparks foram feitas por meio de um microscópio confocal. As análises da amplitude, frequência, FWHM, FDHM, Tpico, Imax e &#964; das sparks foram feitas por meio do programa SparkMaster. Para as análises estatísticas foram usados os testes Kolmogorov-Smirnov, Shapiro-Wilk, Kruskal-Wallis e ANOVA two-way com teste post-hoc de Tukey. O nível de significância adotado foi de até 5%. Os resultados mostraram que a hipertensão aumentou a frequência e reduziu a amplitude, a FWHM, a FDHM nas regiões EPI e VD, a largura e duração total nos cardiomiócitos EPI e do VD, o Tpico nas células EPI e nas do VD, a Imax e a &#964; das sparks nas células EPI e do VD no grupo HS (p<0,05). A hipertensão reduziu a frequência das sparks nas células EPI e do VD e aumentou a frequência nas células END. A hipertensão também aumentou a amplitude, a FWHM, a FDHM, a largura e duração total, o Tpico, a Imax e a &#964; das sparks no grupo HSD (p<0,05). O treinamento físico reduziu a frequência das sparks nas células END e EPI dos ratos normotensos (p<0,05) e o destreinamento reverteu estas alterações (p<0,05). O treinamento físico reduziu a frequência das sparks nas células END e do VD dos ratos hipertensos (p<0,05) e o destreinamento não reverteu estas alterações (p<0,05). O treinamento físico aumentou a amplitude das sparks nas células END e do VD e reduziu nos cardiomiócitos EPI dos ratos normotensos e hipertensos (p<0,05) e o destreinamento não reverteu estas adaptações (p<0,05). O treinamento físico aumentou a FWHM, a FDHM, a largura e duração total, o Tpico, a &#964; e reduziu a Imax, nos cardiomiócitos dos ratos normotensos (p<0,05). O destreinamento não reverteu as alterações promovidas pelo treinamento físico na FWHM e na FDHM das células END e do VD, na largura total nas células END e do VD, na duração total nas células END, no Tpico nas células END e no VD, na Imax e na &#964; dos ratos normotensos (p<0,05). O treinamento físico aumentou a FWHM, a FDHM, a largura e duração total, o Tpico, a Imax e a &#964; nas células END e do VD, e reduziu a Imax nas células EPI dos ratos hipertensos (p<0,05). O destreinamento não reverteu as alterações promovidas pelo treinamento físico na FWHM e FDHM nas células END e EPI, na largura e duração total e no Tpico nas células END e EPI, na Imax nas células END e do VD e na &#964; dos ratos hipertensos (p<0,05). Em relação às diferenças regionais, cardiomiócitos END apresentaram maior frequência das sparks (grupos HS, HSD e HD), amplitude (grupos NT e HT), largura e duração (grupo HT) e Imax (grupos NS, NT e HT), em relação aos EPI do ventrículo esquerdo (p<0,05). Contrário a isto, observaram-se valores menores para a amplitude (grupos NS, NSD, ND, HSD e HD), a largura total (grupos NS, NT e NSD), a FDHM (grupos NS e NT), a duração total das sparks (grupos NS, NT e HT), o Tpico (grupos NS e HSD), a &#964; (grupos NS, NT e HSD) e a Imax (grupos NSD, ND, HSD e HD) nas células END, em relação às EPI. Conclui-se que: a) o treinamento físico atenuou os efeitos deletérios da hipertensão sobre as características das sparks espontâneas de Ca2+ nos ratos SHR; b) o destreinamento por 4 semanas não reverteu todos os efeitos promovidos pelo treinamento físico nas características das sparks espontâneas de Ca2+ e c) as características das sparks espontâneas de Ca2+ acontecem de forma distinta entre as células das regiões END e EPI do ventrículo esquerdo.