Efeitos do treinamento físico combinado sobre a morfologia e a função cardiopulmonar em ratos com hipertensão arterial pulmonar
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
Educação Física |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://locus.ufv.br//handle/123456789/30634 https://doi.org/10.47328/ufvbbt.2022.546 |
Resumo: | Objetivo: Investigar os efeitos do treinamento físico combinado de intensidade moderada, durante o desenvolvimento da hipertensão arterial pulmonar (HAP) induzida por monocrotalina (MCT), sobre a morfologia e a função cardiopulmonar em ratos. Metodologia: Ratos Wistar (idade: ~ 2 meses; massa corporal: ~200g) foram divididos em dois grupos de 7 animais cada, para avaliar a sobrevivência: Sedentário Hipertenso Sobrevivência (SHS); e Exercício Hipertenso Sobrevivência (EHS). Outros ratos Wistar da mesma idade e peso foram divididos em três grupos de 14 animais cada, para avaliar as demais variáveis: Sedentário Controle (SC); Sedentário Hipertenso (SH) e Exercício Hipertenso (EH). Os ratos dos grupos SHS, SH e EH receberam uma injeção intraperitoneal (60 mg/kg) de MCT, enquanto os do grupo SC receberam o mesmo volume de solução salina. Todos os ratos foram testados para a velocidade máxima de corrida (VMC) em esteira e a carga máxima carregada (CMC) durante a escalada antes do início do experimento, aos 12 e 14 dias após a injeção de MCT, respectivamente, assim como no final do protocolo experimental (19 e 21 dias após injeção de MCT, respectivamente). A avaliação ecocardiográfica foi realizada no 22º dia após a aplicação de MCT. Os animais dos grupos EHS e EH foram submetidos a um programa de treinamento físico combinado: exercício aeróbico [corrida em esteira (60 min/dia; 60% da velocidade máxima de corrida)]; e exercício resistido [escalada em escada vertical (15 escaladas; 60% da carga máxima)], em dias alternados, 5 dias/semana (segunda a sexta-feira), por aproximadamente 4 semanas. Os ratos dos grupos SHS e EHS chegaram ao óbito com o desenvolvimento da HAP. A eutanásia dos animais dos grupos SC, SH e EH foi realizada na mediana de sobrevivência dos ratos do grupo SHS (23º dia após injeção de MCT). Após a eutanásia, o coração e os pulmões foram removidos, pesados e processados para as análises de interesse. Nos tecidos do ventrículo direito (VD) e pulmão direito foram realizadas análises histomorfométricas. Em miócitos isolados do VD foram analisadas a contração e o Ca 2+ intracelular transiente. Resultados: Os ratos do grupo EHS tiveram mediana de sobrevivência maior (29 dias) que os do grupo SHF (23 dias; p < 0,05). O treinamento combinado aumentou a tolerância ao esforço físico (TTF: 27,6%; CMC relativa: 24,3%). A HAP aumentou a resistência da artéria pulmonar (redução da TA/TE) e reduziu a função do VD (redução da TAPSE). Por outro lado, o treinamento físico combinado preveniu o aumento da resistência da artéria pulmonar e a redução da função do VD. Em nível tecidual, a HAP aumentou a massa do coração, do VD e o percentual de colágeno. Porém, o treinamento físico combinado reduziu a massa do VD e o percentual de colágeno. No pulmão direito, a HAP aumentou o percentual de septo alveolar e reduziu o percentual de alvéolos pulmonares. Contudo, o treinamento físico combinado preveniu a redução do percentual de alvéolos pulmonares e o aumento do percentual septo alveolar. Em miócitos isolados do VD, a HAP reduziu a amplitude de contração e a velocidade de contração e relaxamento. Todavia, o treinamento físico combinado preveniu a redução da amplitude de contração e das velocidades de contração e relaxamento. Ademais, a HAP reduziu a amplitude e as velocidades até o pico e de decaimento do Ca 2+ intracelular transiente. Entretanto, o treinamento físico combinado preveniu a redução da amplitude e das velocidades até o pico e de decaimento do Ca 2+ intracelular transiente. Conclusão: O protocolo de treinamento físico combinado aplicado previne o aumento da resistência da artéria pulmonar, a disfunção sistólica do VD e o remodelamento adverso do VD e do pulmão direito, além de promover benefícios na contração e no Ca 2+ intracelular transiente de miócitos isolados do VD em ratos com HAP induzida por MCT. Juntos, estes benefícios contribuem para melhorar a tolerância ao esforço físico e a sobrevivência destes ratos. Palavras-chave: Treinamento físico combinado. Hipertensão pulmonar. MCT. Miócitos isolados. Contração. TAPSE. |