Efeito da proteína Hfq em vesículas de membrana externa produzidas por Actinobacillus pleuropneumoniae sorotipo 8
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
Microbiologia Agrícola |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://locus.ufv.br//handle/123456789/32216 |
Resumo: | A suinocultura é uma atividade de grande importância econômica no Brasil e no mundo. O Estado de Minas Gerais é um dos principais produtores de carne suína, apresentando constante crescimento. Na suinocultura, podem-se relatar diversas doenças respiratórias que acometem suínos, sendo um dos mais importantes a bactéria Actinobacillus pleuropneumoniae. Em A. pleuropneumoniae vários fatores de virulência como LPS, cápsula, toxinas RTX e proteínas de captação de ferro, contribuem de diferentes maneiras e de forma complexa para o sucesso desta bactéria durante a infecção. Um fator de virulência muito importante em diversas bactérias, porém pouco relatado em A. pleuropneumoniae são as vesículas de membrana externa (OMVs). As OMVs são vesículas produzidas geralmente por bactérias Gram-negativas, constituídas de proteínas, lipídeos e lipopolissacarídeos. Elas podem transportar diferentes moléculas como proteínas, íons, DNA e RNA, participando na virulência de diversas espécies. Além dos fatores mencionados, um fator muito importante para A. pleuropneumoniae é a proteína Hfq, uma chaperona de RNAs que possui papel central no crescimento e virulência desta bactéria. Desta forma, o objetivo deste trabalho foi caracterizar OMVs produzidas por A. pleuropneumoniae sorotipo 8 e sua respectiva linhagem isogênica Δhfq. O perfil de proteínas foi diferencial entre as células e as OMVs, no entanto não houve diferença entre o perfil proteico encontrado nas OMVs produzidas pelas linhagens WT e Δhfq. Não foi possível identificar a proteína Hfq em OMVs de A. pleuropneumoniae. As análises microscópicas realizadas evidenciaram que as vesículas possuem um tamanho predominante entre 20-30 nm podendo chegar até 100 nm. O ensaio de virulência não apresentou diferença em relação à sobrevivência para as larvas de Galleria mellonella infectadas com OMVs de WT em relação às infectadas com OMVs de Δhfq. Porém, larvas infectadas com OMVs apresentaram melanização mais rápida e intensa em relação às larvas infectadas com as células. No interior das OMVs foi possível identificar RNAs, incluindo RNAs pequenos regulatórios, já previamente estudados por nosso grupo, porém não foi observado diferença na composição destes encontrados em OMVs produzidos por WT e Δhfq. A partir destes resultados pode-se concluir que a proteína Hfq não interferiu na virulência, morfologia e composição das OMVs produzidas por A. pleuoropneumoniae. Este estudo foi o primeiro a relatar a presença de RNAs regulatórios no interior de OMVs produzidas por uma bactéria patogênica de suíno da família Pasteurellaceae. |