Diversidade e especificidade micorrízica em orquídeas do gênero Epidendrum
Ano de defesa: | 2009 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso embargado |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Associações micorrízicas; Bactérias láticas e probióticos; Biologia molecular de fungos de interesse Doutorado em Microbiologia Agrícola UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/1545 |
Resumo: | As orquídeas associam-se comumente a fungos micorrízicos rizoctonióides pertencentes aos gêneros Ceratorhiza, Epulorhiza e Rhizoctonia. Esses simbiontes fúngicos têm mostrado eficiência em promover a germinação de sementes e o desenvolvimento de protocórmios e plântulas. Epidendrum é um dos gêneros de orquídea com o maior número de espécies, as quais são comuns em fragmentos de Mata Atlântica e associam-se com fungos do gênero Epulorhiza. Deste modo, os objetivos deste trabalho foram: (i) comparar a utilização das características morfológicas e moleculares na análise da diversidade de fungos rizoctonióides; (ii) aplicar essas características no estudo da diversidade e especificidade micorrízica em Epidendrum secundum, natural do Parque Estadual da Serra do Brigadeiro MG (PESB), e em diferentes espécies de Epidendrum, de fragmentos de Mata Atlântica, localizados nos Estados do Espírito Santo, de Minas Gerais e do Rio de Janeiro; e (iii) caracterizar fungos micorrízicos de orquídea com base na composição de ácidos graxos. Características morfológicas qualitativas e quantitativas foram analisadas por técnicas multivariadas, possibilitando distinguir os gêneros Ceratorhiza, Epulorhiza e Rhizoctonia e as diferentes espécies de fungos micorrízicos Epulorhiza spp., o que foi confirmado pelas análises dos resultados do RAPD e ITS-RFLP e da seqüência da região ITS do rDNA. Uma grande diversidade de fungos do gênero Epulorhiza e dois isolados de Opadorhiza foram observados em onze populações de E. secundum localizadas em diferentes regiões de campo de altitude do PESB. Entretanto, a distinção entre Epulorhiza e Opadorhiza, e também entre algumas espécies de Epulorhiza spp., só foi possível pela análise da seqüência da região ITS do rDNA. Fungos Sebacina spp. e Tulasnella spp., teleomorfos dos gêneros Opadorhiza e Epulorhiza, respectivamente, foram isolados das diferentes espécies de Epidendrum estudadas. Foi observada uma grande variabilidade na seqüência da região ITS nos isolados de Tulasnella spp., os quais formaram nove clados. Contudo, os isolados de Sebacina spp. apresentaram uma menor variabilidade na seqüência dessa região, formando apenas três clados. A análise da composição de ácidos graxos, utilizando a distância de Mahalanobis e o método UPGMA, possibilitou a distinção entre os gêneros Epulorhiza e Ceratorhiza e entre os isolados de Epulorhiza spp. pertencentes a três diferentes clados observados pela análise da região ITS, demonstrando que a análise da composição de ácidos graxos é uma ferramenta útil na caracterização e identificação de fungos rizoctonióides micorrízicos de orquídea. As características morfológicas são importantes ferramentas para distinção de gêneros de fungos rizoctonióides, mas as análises moleculares, seja pela seqüência da região ITS ou pela composição de ácidos graxos, são ferramentas úteis na distinção de algumas espécies e gêneros estudados. Sugere-se que as orquídeas do gênero Epidendrum, mesmo apresentando preferência a fungos Tulasnella/Epulorhiza, não possuem especificidade a esse gênero de fungo, pois também se associam a fungos do gênero Sebacina/Opadorhiza. Este é o primeiro relatado da associação micorrízica entre as orquídeas do gênero Epidendrum e os fungos do gênero Sebacina/Opadorhiza. |