Influência do treinamento de baixa intensidade em corrida e natação, sobre as propriedades estruturais e celulares no fêmur e tíbia de ratas ovariectomizadas
Ano de defesa: | 2014 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Análises quantitativas e moleculares do Genoma; Biologia das células e dos tecidos Doutorado em Biologia Celular e Estrutural UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/272 |
Resumo: | Osteoporose é uma doença esquelética sistêmica com desequilíbrio na formação e reabsorção óssea, resultando em diminuição do conteúdo de matriz e da força do osso; sendo comum em mulheres na pós-menopausa. O objetivo deste estudo foi investigar os efeitos do exercício de corrida e natação sobre as propriedades estruturais e celulares do fêmur e tíbia de ratas ovariectomizadas. Ratas Wistar com vinte semanas de idade (271,42 ±17,6 g) foram separadas em oito grupos, sendo: GBS (baseline SHAM; n = 4), GBO (baseline OVX; n = 6), NS (natação SHAM; n = 12), NO (natação OVX; n = 12), CS (corrida SHAM; n = 12), CO (corrida OVX; n = 12), CONS (controle SHAM; n = 12) e CONO (controle OVX; n = 12). Quatro grupos foram ovariectomizados (OVX) e quatro submetidos à laparotomia (SHAM). Os grupos GBS e GBO foram submetidos a eutanásia duas semanas após as cirurgias; os grupos NS e NO foram submetidos ao treinamento de natação com sobrecarga (5 dias/semana, 60 minutos/dia, com sobrecarga de 3% do peso corporal) por 10 semanas; os grupos CS e CO foram submetidos ao treinamento de corrida em esteira (5 dias/semana, 60 minutos/dia, 16m/min) por 10 semanas; e os grupos CONS e CONO permaneceram em gaiolas individuais sem exercício pelo mesmo período. Os grupos exercitados e controles foram submetidos à eutanásia doze semanas após a cirurgia. Utilizou-se ANOVA com nível de significância de p < 0,05. Avaliou-se a densidade mineral óssea (DMO) no fêmur (DEXA), a densidade mineral radiográfica (DMOR) no fêmur, o conteúdo mineral ósseo (CMO) na tíbia e os elementos celulares (osteoblastos, osteoclastos e osteócitos por área na região do colo e trocânter maior do fêmur). A DMO foi maior no grupo GBS (0,255 ±0,003 g/cm2) comparada aos grupos GBO (0,226 ±0,022 g/cm2) e SHAM (0,229 ±0,018 g/cm2). O conteúdo de zinco foi maior nos animais do grupo SHAM (0,40 ±0 mg/L) que os demais grupos (GBO = 0,26 ± 0 mg/L; GBS = 0,25 ±0 mg/L; GOVX = 0,25 ±0 mg/L). Houve diferença significativa apenas para a rigidez no colo do fêmur em que GBO foi maior que GOVX (360,3 ±97,6 N/mm vs 166,8 ±14,1 N/mm, respectivamente) e GBS foi maior que SHAM (455 ±53,4 N/mm vs 192,4 ±19,1 N/mm,respectivamente). O contrário foi observado para a rigidez na diáfise do fêmur em que GOVX foi maior que GBO (289,1 ±12,1 N/mm vs 207,1 ±10,5 N/mm, respectivamente) e SHAM foi viimaior que GBS (316,9 ±12,6 N/mm vs 221,9 ±10,6 N/mm, respectivamente). Nos elementos celulares houve aumento no número de osteoblastos (GOVX = 225,8±28,3 vs GBO = 150±15,4) e redução de osteoclastos (GOVX = 0,4 ±0,2 vs GBO = 2,8 ±1,2) no colo do fêmur. Na região do trocânter maior do fêmur houve redução no número de osteoclastos (GOVX = 0,4 ±0,2 vs GBO = 4 ±1,5). A DMOR foi maior no grupo NO (1,9 ±0,16 mmAl) comparada aos grupos GBO (1,6 ±0,06 mmAl), CONO (1,7 ±0,1 mmAl) e NS (1,8 ±0,13 mmAl). O CMO de cálcio e magnésio na tíbia foi maior no grupo NO (204 ±3 e 3,5 ±0,1 mg/L, respectivamente) comparado ao grupo NS (158,6 ±17,7 e 2,7 ±0,3 mg/L). No colo do fêmur, o número de osteoblastos foi maior no grupo NO (274,1 ±11) comparado ao grupo GBO (150 ±19,5). Registrou-se maior número de osteoclastos no grupo GBO (2,8 ±1,2) comparado aos grupos NO (0,9 ±0,3) e CONO (0,4 ±0,2). No trocânter maior do fêmur, os osteoblastos foram mais numerosos no grupo NO (300,3 ±31,7) que nos grupos GBO (198 ±12,8) e NS (229,4 ±24,6); já os osteoclastos foram maiores no grupo GBO (4 ±1,5) comparado aos grupos GBS (0,5 ±0,4), NO (0,5 ±0,2) e CONO (0,4 ±0,2). Os osteócitos também foram mais numerosos no grupo GBO (205,7 ±22,2) que nos grupos GBS (136,5 ±15,5) e NO (156,3 ±8). A DMOR foi maior no grupo CO (1,79 ±0,1 mmAl) comparada aos grupos GBO (1,64 ±0,1mmAl) e CONO (1,74 ±0,7 mmAl). O CMO de zinco na tíbia foi maior no grupo CS (0,4 ±0,2 mg/L) comparada aos grupos GBS (0,25 mg/L ±0) e CO (0,24 ±0,2 mg/L), e no grupo CONS (0,4 ±0 mg/L) comparada aos grupos GBS (0,25 ±0 mg/L) e CONO (0,25 ±0 mg/L). No colo do fêmur, registrou-se maior número de osteblastos no grupo CO (362,5 ±23,9) que nos grupos GBO (150 ±19,5) e CONO (225,8 ±22,4). Houve maior número de osteoclastos no grupo CO (1,9 ±0,6) comparado aos CS (0 ±0) e GBO (2,8 ±1,2) comparado aos CONO (0,4 ±0,2). O número de osteócitos e área de matriz foram superiores nos animais do grupo CS (214,3 ±18,4 e 172188,1 ±17973,5 μm, respectivamente) que nos demais grupos. No trocânter maior do fêmur o número de osteoblastos foi maior no grupo CO (280,5 ±27,3) comparado ao CS (211,4 ±21,1); já os osteoclastos foram mais numerosos no grupo GBO (4 ±1,5) comparados aos dos grupos GBS (0,5 ±0,5), CO (1,1 ±0,5) e CONO (0,4 ±0,2). A área de matriz foi menor no grupo CO (115901,6 ±7298,8 μm) que nos grupos GBO e CONO (165584,8 ±9814,9 e 145561,8 ±4403,8 μm). Nossos resultados indicam que o treinamento de corrida de baixa intensidade não causou alterações expressivas nas propriedades estruturais e celulares no fêmur e na tíbia de ratas ovariectomizadas. Entretanto, o treinamento em natação com sobrecarga aumentou a DMO no fêmur dos animais ovariectomizados, mas não causou alterações expressivas nas propriedades celulares destes animais. |