Diversidade e estrutura genética em Aechmea bambusoides (Bromeliaceae), espécie ameaçada da região sudeste da Mata Atlântica brasileira
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
Botânica |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://locus.ufv.br//handle/123456789/29316 |
Resumo: | Com o objetivo de contribuir para a conservação, realizamos estudo de diversidade genética e estruturação de populações da espécie ameaçada de bromélia Aechmea bambusoides, endêmica a Mata Atlântica. Esta espécie epífita é uma ótima bioindicadora, por ter uma forma de vida muito dependente da qualidade de hábitat florestal. Foram realizadas coletas de dados de sete populações em seis localidades. As populações da espécie foram encontra- das em áreas desflorestadas e fragmentadas próximas a cursos de rios. O material vegetal foi coletado para extração de DNA e realização de análises de diversidade genética através de marcadores microssatélites (SSR). Foram realizados testes de transferência de primers de SSR, descritos em outras Bromeliaceae, visando encontrar loci polimórficos na espécie alvo. Foram transferidos oito loci, usados nas análises estatísticas de diversidade genética e estru- turação dentro e entre sete populações amostradas, com um total de 92 indivíduos. As popu- lações da espécie apresentaram valores muito baixos de diversidade genética, tal como, bai- xo número de alelos, baixa diversidade gênica e baixa heterozigosidade observada e espera- da, além de altos valores de coeficiente de endogamia encontrada nas populações. Esses resultados são muito evidentes e diferentes dos encontrados em outras bromélias estudadas anteriormente. Esses valores mostram que a espécie está altamente ameaçada, pelo baixo número de populações conhecidas, e também pela baixa diversidade genética. Possíveis explicações para esse fato é que a espécie sofreu grande erosão genética devido a fragmen- tação de hábitat, que levou a deriva genética e depressão endogâmica. Também contribui o fato de que esta espécie, assim como muitas epífitas e bromélias, poder apresentar forte em- docruzamento, ocasionado pela dificuldade de dispersão a longas distâncias, principalmente em florestas fragmentadas. O resultado de estruturação está de acordo com essa hipótese de dispersão limitada, pois a espécie apresentou alta estrutura genética. As populações apresen- taram três grupos genéticos, os quais apresentaram tendência geográfica da distribuição. A espécie pode estar em processo de vórtex de extinção. São necessárias estratégias de manejo e conservação in situ e ex situ para diminuir os efeitos de perda de diversidade genética existente e garantir a viabilidade e sobrevivência da espécie a longo prazo. Concluímos que é fundamental a conectividade das populações para garantir o fluxo gênico. Pelos resultados obtidos sugerimos que é necessária a revisão do status de conservação de Aechmea bambusoides. |