Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2005 |
Autor(a) principal: |
Gomes, Camila Queiroz |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/8844
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Resumo: |
As cianobactérias e algas são organismos encontrados, abundantemente, em ambientes aquáticos, onde atuam como produtores primários transferindo energia para os diferentes níveis tróficos. A ocorrência de substâncias tóxicas ou xenobióticas tem sido uma ameça constante nos ecossistemas aquáticos. Tais substâncias podem causar efeitos tóxicos sobre diferentes grupos de cianobactérias e algas afetando em nível celular, de população e comunidade, causando prejuízos a cadeia trófica, nestes ambientes. O arsênio (As) é um elemento tóxico freqüentemente associado com depósitos de ouro. Através da mineração, o As é trazido à superfície pelo processo de drenagem ácida sendo, posteriormente, lixiviado e contaminando os corpos d água. Estudos evidenciam que cianobactérias e algas podem acumular As intracelularmente, sendo capazes de biotransformar as formas tóxicas em formas não tóxicas. A utilização destes processos permite a utilização destes organismos como biorremediadores na descontaminação de ambientes aquáticos contaminados pelo As. Com o objetivo de caracterizar os gêneros Geitlerinema UFV-E01 e Stigeoclonium UFV- E02, cultivados na presença de As, foram conduzidos, em laboratório, estudos sobre o crescimento, a absorção e a toxicidade do As. Para a caracterização foram utilizados como parâmetros à alteração morfológica, a produção de biomassa, para ambos os gêneros. A detecção do gene smtA que codifica a proteína metalotioneína (técnica de PCR), foi feita apenas em Geitlerinema UFV-E01. Os resultados mostraram que a absorção de As, em Geitlerinema UFV-E01, foi maior em células cultivadas em meio BG-11 B, com baixa concentração de fosfato (6,5 μmol.mL -1 ). A absorção de As foi proporcional às concentrações crescentes do elemento no meio de cultivo, atingindo o pico máximo de absorção em 24 horas de exposição (665,25 μg As.g -1 ms para células cultivadas em meio BG-11 A e 1.290,32 μg de As.g -1 ms, para células cultivadas em meio BG-11 B), sendo observado uma queda em 48 horas de exposição (500,00 μg As.g -1 ms para células cultivadas em meio BG-11 A, com 17,5 μmol.mL -1 de fosfato, e 810,00 μg de As.g -1 ms para células cultivadas em meio BG-11 B). As células de Geitlerinema UFV-E01 não apresentaram alterações morfológicas e não houve redução na produção de biomassa. Entretanto, foi observada a presença de grânulos densos no citoplasma das células. Os resultados obtidos, por meio da técnica de PCR, mostraram que Geitlerinema UFV-E01 não possui o gene smtA que codifica a proteína metalotioneína, sugerindo que a cianobactéria não utiliza esta estratégia nos processos de detoxificação celular. A absorção de As pelas células de Stigeoclonium UFV-E02, não foram influenciadas pelas concentrações de fosfato no meio BG-11 líquido. A absorção máxima de As ocorreu em 24 horas de exposição (1.300 μg As.g - ms) e foi mantida constante em 48 horas de exposição. Entretanto, em Stigeoclonium UFV- E02, houve redução na produção de biomassa e, também, alterações morfológicas nos filamentos caracterizados pelo aparecimento de células estreitas e longas, com cloroplastos deformados e de tamanho reduzido quando comparado com células sadias (controle). |