Impacto da atividade física habitual sobre os componentes da Síndrome Metabólica em adolescentes

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Faria, Ricardo Campos de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Aspectos sócio-culturais do movimento humano; Aspectos biodinâmicos do movimento humano
Mestrado em Educação Física
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/3492
Resumo: O constante aumento na prevalência de obesidade e hipertensão entre crianças e adolescentes tem favorecido o surgimento da Síndrome Metabólica (SM) neste grupo populacional. O comportamento sedentário e o baixo nível de atividade física têm sido associados a doenças cardiovasculares e SM. A escola é um local privilegiado para promover o aumento da prática de atividade física, especialmente por meio de atividades esportivas recreativas. O objetivo do presente estudo foi avaliar o impacto de um programa de atividades esportivas sobre o perfil metabólico em adolescentes. Avaliou-se amostras de sangue, pressão arterial, massa corporal, estatura, índice de massa corporal (IMC), circunferência de cintura, percentual de gordura corporal, questionário de frequência de consumo alimentar e tempo diário em atividade física moderada a vigorosa (AFMV) de 92 adolescentes do sexo masculino com idade entre 14 e 18 anos (16,07 ±0,93). Dessa amostra inicial 36 (39,1%) revelaram diagnóstico positivo para Pré ou SM. Dentre os 36 adolescentes com diagnostico positivo, 25 completaram a segunda etapa, os quais estavam divididos em grupo controle (n=13) e grupo intervenção (n=12) que participaram de um programa de atividades esportivas recreativas com duração de 14 semanas. A análise dos dados foi realizada por meio de estatística descritiva, regressão linear, teste t Student, teste t pareado ou seus respectivos correspondentes não paramétricos quando necessário. Os resultados revelaram a circunferência de cintura no ponto de menor circunferência como bom preditor de alterações metabólicas e promissor substituto ao IMC. A comparação pré e pós- programa esportivo mostrou redução no colesterol total, lipoproteína de baixa densidade (LDL-c) e Não-HDL, aumento na lipoproteína de alta densidade (HDL-c) e tempo de AFMV no grupo intervenção. O grupo controle após 14 semanas reduziu o comportamento sedentário (CS), triglicerídeos, LDL-c e Não-HDL, e aumentou o HDL- c. O FCA não apresentou alteração entre os períodos avaliados. As atividades esportivas contribuíram com 42% da recomendação diária de AFMV. Os componentes antropométricos não apresentaram alteração após 14 semanas de atividades esportivas. Em conclusão este estudo revela que as atividades esportivas recreativas impactaram de forma positiva no perfil lipídico e contribuíram para elevar o tempo gasto em AFMV. A redução no CS também promoveu melhora nos parâmetros metabólicos e deve ser estimulada como parte de um estilo de vida saudável. Novos estudos com maior tempo de intervenção devem ser realizados, no intuito de obter maiores efeitos sobre os parâmetros antropométricos relacionados ao risco cardiovascular.