Visão de estudantes do ensino fundamental sobre nutrição, higiene dos alimentos e consumo de produtos lácteos
Ano de defesa: | 2006 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Ciência de Alimentos; Tecnologia de Alimentos; Engenharia de Alimentos Mestrado em Ciência e Tecnologia de Alimentos UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/2894 |
Resumo: | Aplicou-se 405 questionários em 6 escolas (2 privadas e 4 públicas) com estudantes de 8 a 12 anos (2ª a 6ª séries), com o objetivo de avaliar o conhecimento e as atitudes em relação à nutrição, conservação, higiene e segurança alimentar, bem como o consumo e a visão sobre a importância dos produtos lácteos na alimentação. Também se desejou comparar os resultados de escolas públicas com privadas. A maioria (40,3%) dos escolares não soube expressar nenhuma opinião em relação ao significado da palavra nutrição; 28,5% relacionaram-na somente com alimentação ou saúde, sendo estas afirmativas interpretadas como acham que sabem . Os estudantes de escolas privadas se mostraram mais esclarecidos em relação ao significado da palavra nutrição. Os entrevistados afirmaram ter pouco conhecimento sobre o assunto (79,8%), sendo que alguns (15,0%) afirmaram não ter conhecimento nenhum. As principais fontes de informação em nutrição apontadas foram a família (33,1%) e a escola (27,9%). Quando questionados sobre o que você precisa para estar saudável , responderam vitaminas, proteínas, minerais e carboidratos. No entanto, não concordaram que é necessário gordura, sal e caloria, apontando estes como não saudáveis. Os estudantes concordaram que É melhor comer pequenas quantidades de diferentes alimentos que muito de um só tipo (97,5%), que Para estar saudável é necessário comer menos gordura (97,5%), que leite é bom para deixar os ossos fortes (97,0%) e, ainda, que doces, sorvetes e chocolates são gostosos, mas não devem ser consumidos todos os dias (98,3%). Afirmaram também que a alimentação é importante para sua saúde e crescimento (98,0%), e que a atividade física é tão importante como uma boa alimentação para saúde (93,5%). Na afirmativa É importante comer cereais integrais , 72,0% dos entrevistados concordaram e 99,8% consideraram as frutas mais saudáveis quando estão frescas. A decisão do que comer na hora das refeições estava dividida entre o estudante (48,9%) e a mãe (46,2%) e dependeu do tipo de escola onde o entrevistado estudava, pois nas públicas, era geralmente feita pela família, e nas privadas, pelo próprio entrevistado. Os estudantes demonstraram entendimento adequado das regras básicas de higiene dos alimentos, pois todos (100%) concordaram com as afirmativas: Você sempre deve lavar as frutas, verduras e legumes antes de comer ; E as mãos também ; É importante manter a cozinha limpa ; Os alimentos devem ser mantidos em temperaturas adequadas . Praticamente todos (95,6%) concordaram que os Alimentos frescos são melhores, mais saudáveis e seguros, que os congelados . Em relação à afirmativa É melhor para a saúde tomar leite direto da vaca do que leite comprado em supermercados e padarias , 67,7% concordaram. No entanto, destes, 47,3% também afirmaram que este leite pode trazer doença para sua casa e 9,6% do total afirmaram não saber. Isto demonstrou que os estudantes foram contraditórios, ou seja, eles não estão bem esclarecidos sobre a importância da pasteurização. A maioria (73,5%) soube expressar o significado da data de validade, no entanto, 83 entrevistados de escolas públicas não souberam indicar o significado desta informação. Os escolares indicaram que o alimento pode fazer mal se conter uma bactéria ruim, se comer muito ou devido a inseticidas utilizados na lavoura. Dos entrevistados, 62,1% consumiam leite diariamente variando de um copo (55,0%) a três copos (11,5%), sendo que apenas 43,8% consumiam de 2 a 3 copos/dia, ingestão esta recomendada para o suprimento adequado de cálcio. A freqüência de consumo de produtos lácteos dependeu do tipo de escola que o estudante pertencia, pois a maioria dos entrevistados (82,9%) de escolas privadas consumia leite diariamente, e uma porcentagem expressiva (28,9%) de escolas públicas, apenas uma vez por semana ou raramente. O consumo é preferencialmente de leite com chocolate (43,6%), seguido de leite puro (29,2%) e com café (19,6%). O tipo de leite mais consumido é o leite pasteurizado (44,1%) seguido do leite UHT (34,7%) e do leite informal vendido pelo leiteiro (17,1%). Os entrevistados indicaram que os produtos lácteos contribuem com os seguintes componentes: proteína, cálcio, ferro, fibras, gordura e vitaminas para seu corpo ser saudável. A indicação de lácteos como fonte de ferro (72,8%) e de fibras (61,2%), evidencia a falta de conhecimento dos escolares sobre a composição nutricional destes alimentos. Na hora do lanche, os entrevistados disseram que preferiam beber suco natural (52,7%), porque acham que é melhor para a saúde e devido ao seu sabor, seguido de refrigerante (22,3%) e de lácteos (20,5%). No entanto, nas escolas privadas a escolha era mais motivada pelo sabor, já nas escolas públicas, o motivo ficava entre o sabor e ser saudável. Os resultados sugerem que os estudantes estão carentes de informações requeridas para fazerem escolhas nutricionais adequadas, sendo necessário um programa de educação nutricional que envolva a escola e a família, no intuito de conscientizar a importância de uma alimentação saudável para prevenção de doenças crônicas a curto e longo prazo. Sendo também necessário conscientizá-los sobre a importância do consumo de produtos lácteos. |