Resistência e época de avaliação do feijoeiro à podridão radicular de Fusarium

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Nicoli, Alessandro
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Etiologia; Epidemiologia; Controle
Mestrado em Fitopatologia
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/4383
Resumo: O feijão comum (Phaseolus vulgaris L.) é produzido em mais de 100 países. No entanto, a produção dessa cultura é limitada por várias doenças. Entre essas, a podridão radicular de Fusarium (PRF) causada pelo fungo Fusarium solani (Mart.) Appel & Wollenv. f. sp. phaseoli (Burk.) Synd. & Hans é considerada uma das doenças mais importantes entre as ocasionadas por patógenos habitantes do solo. Existem poucas fontes de resistência à PRF, e a maioria das cultivares comerciais apresenta suscetibilidade à doença. No entanto, identificar fonte de resistência a essa doença é de grande importância para uso nos programas de melhoramento. Assim, este trabalho teve como objetivo caracterizar genótipos de feijão do banco ativo de germoplasma da Universidade Federal de Viçosa quanto à resistência à PRF. Primeiramente foi obtido o isolado de Fusarium solani f. sp. phaseoli e, em seguida, produzidos os clamidósporos em laboratório. O teste de densidade de inóculo foi realizado estabelecendo diferentes concentrações de clamidósporos/g de solo, utilizando os genótipos BRSMG Majestoso e CNFP 10773. Utilizou-se o delineamento inteiramente casualizado, com cinco repetições e uma planta por parcela. Por meio da análise de regressão, foi observado 100% de incidência da doença quando foram utilizados 2000 e 4000 clamidósporos/g de solo, e maior severidade da doença com 4000 clamidósporos/ g de solo nos dois genótipos. Com isso, o experimento de casa de vegetação foi estabelecido com a concentração de 4000 clamidósporos/g de solo, e o delineamento do experimento foi em blocos ao acaso com 96 genótipos, cinco repetições e parcelas com três plantas. Os dois experimentos de campo foram realizados na Fazenda Experimental Vale do Piranga (EPAMIG-FEVP), em Oratórios-MG. Foi realizado um levantamento da incidência da doença na área, utilizando a cultivar suscetível BRSMG Majestoso. Em seguida, foram estabelecidos os locais com incidência acima de 50% para os experimentos. O delineamento do experimento de campo foi em blocos ao acaso com 96 genótipos e três repetições. A avaliação da severidade da doença em casa de vegetação e campo foi por meio de escala descritiva, sendo aos 15, 30 e 45 dias após a emergência das plântulas (DAE). Com os dados de severidade, foi obtida a área abaixo da curva de progresso da doença (AACPD) dos tratamentos. Posteriormente, foi realizada a análise de variância e as médias foram comparadas pelo teste de Scott-Knott a 5% de probabilidade. Em seguida foi realizada a análise de correlação de Pearson entre as três diferentes épocas de avaliação e a AACPD nos experimentos de campo e de casa de vegetação. Todos os genótipos apresentaram sintomas da PRF em todas as avaliações realizadas. Os genótipos BRSMG Majestoso, Jalo MG 65, BJ-1, BJ-2, BJ-5, BJ-7, BJ-8, CNFRJ 10556, Roxo 90, CNFRJ 10564, CNFC-10722, Jalo EEP 558, CNFP 10773, CNFRJ 10571, BRS 9461 e Costa Rica foram os mais suscetíveis à PRF nos experimentos de campo e em casa de vegetação. A maioria desses materiais é do grupo comercial Manteigão. E os genótipos mais promissores foram RP-1, MN-34-20, MN-34-66, MN-34-44, MN 37-2, A- 300, VP 15, VP 17 e VP18, os quais apresentaram os menores valores de AACPD e de severidade da PRF nos experimentos de campo e casa de vegetação. A maior parte desses materiais pertence ao grupo comercial de grão preto. A severidade avaliada aos 30 DAE foi a variável resposta que apresentou a maior correlação com a AACPD nos experimentos realizados, principalmente no campo.