Aplicação do risco potencial de fogo da vegetação em escala global

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Silva, Alex Santos da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://locus.ufv.br//handle/123456789/26765
Resumo: O fogo em vegetação tem um papel fundamental no sistema climático global. Um passo importante para a redução de seus impactos é por meio de investigação da suscetibilidade à ocorrência de queimadas em vegetação, devido às condições atmosféricas. Portanto, o objetivo deste estudo é aprimorar o Índice de Risco Potencial de Fogo, “PFI” (JUSTINO et al., 2010) em escala global, particularmente nas regiões extratropicais. A nova versão do índice (PFIv2) inclui uma função de crescimento logístico ajustada para as três camadas atmosféricas do Índice de Haines (HAINES, 1988) e um fator de ajuste da temperatura devido à variação da latitude. Em sua formulação, o risco de fogo na vegetação aumenta com o aumento da duração de períodos secos, tipo e ciclo natural da fenologia da vegetação, convecção e estabilidade da atmosfera. Os dados atmosféricos da Reanálise ERA-Interim e de precipitação do CPC/NOAA (Climate Prediction Center / National Oceanic and Atmospheric Administration) foram aplicados como dados de entrada do modelo. As validações das análises foram realizadas com o auxílio dos dados de fogo ativo do satélite Terra do projeto MODIS/NASA (Moderate Resolution imaging Spectrometer / Natonal Aeronautics and Space Administration). Em condições atuais de tempo e da vegetação, o PFIv2 representou as principais áreas de risco de fogo de ambos os hemisférios. Na região tropical, o PFIv2 apresentou, em média, eficiência superior a 5% na detecção dos focos de queimadas, em relação ao PFI. Já nas regiões extratropicais, essa diferença atinge valores de até 15% nas principais classes dos índices. Nas avaliações da influência das variabilidades climáticas El Niño Oscilação Sul e Oscilação do Atlântico Norte no risco de fogo, correlações positivas e estatisticamente significativas a 95% foram obtidas na América do Sul e Europa, respectivamente. A confiabilidade do PFIv2 para a reprodução de áreas com alta atividade de fogo indica que este índice é uma ferramenta útil para os tomadores de decisões, em previsões de ocorrências globais de fogo em vegetação.