Progresso genético do programa de melhoramento de arroz irrigado em Minas Gerias no período de 1993/1994 a 2015/2016

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Silva Júnior, Antônio Carlos da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/16370
Resumo: O arroz (Oryza sativa) é considerado a terceira maior cultura cerealífera do mundo, sendo responsável pela alimentação de metade da população mundial. Visto que Minas Gerais situa-se entre os principais estados produtores de arroz do país e a demanda do produto é elevada no estado, a liberação de cultivares melhoradas é uma das mais poderosas formas de incremento na produção da cultura. A estimativa do progresso genético constitui uma das ferramentas utilizadas na avaliação da eficácia dos programas de melhoramento, além de ser útil para identificar e corrigir possíveis erros de planejamento. Nesse contexto, a realização deste trabalho teve como objetivo estimar o progresso genético da produtividade de grãos do programa de melhoramento de arroz irrigado desenvolvido em Minas Gerais nos anos agrícolas de 1993/1994 a 2015/2016 com base em ensaios de cultivo de valor e uso (VCU ́s), avaliar a eficiência da metodologia de Breseghello e a tradicional para estimar o progresso genético utilizando grande quantidade de genótipos e a eficiência do melhoramento genético do arroz irrigado no estado de Minas Gerais quanto à produtividade. Os ensaios de VCU’s foram conduzidos em Janaúba, Leopoldina e Lambari, sendo avaliadas 210 linhagens e cultivares no período, em delineamento de blocos ao acaso, variando de três a quatro repetições. Os tratos culturais foram feitos de acordo com a exigência da cultura. A taxa média de substituição dos genotípicos foi de 44% para Lambari e Janaúba, e com 43% em Leopoldina. A taxa média de manutenção em Lambari foi de 39%, já em Janaúba e Leopoldina esta consistiu em 40%. Os ganhos genéticos durante o período de 1993 a 2016 foram muito discrepantes entre os locais. Utilizando a metodologia de Vencovsky et al. (1986) obteve-se maior ganho em Lambari em relação ao outros locais (53,1 kg.ha -1 ano -1 ), significando aumento de 1,46% ao ano, em Janaúba o ganho genético foi de 8,68 kg.ha -1 ano -1 , resultado que representa uma taxa de 0,14% ao ano. Já em Leopoldina, o acréscimo na produtividade (6,65 kg.ha -1 ano -1 ) correspondeu a 0,11 % ao ano, resultado considerado muito baixo para a cultura. Utilizando a metodologia de Breseghello et al. (1995), o ganho genético médio anual para Lambari foi de 167,62 kg.ha -1 .ano -1 , correspondendo a 0,23% ao ano. Para Janaúba, este ganho foi de 57,88 kg.ha -1 .ano -1 , ou 0,04% ao ano. Já em Leopoldina, foram calculados ganhos referentes aos períodos de 1993/1994 a 1998/1999 e 1999/2000 a 2015/2016. O ganho genético obtido no período de 1999/2000 a 2015/2016 foi de 93,93 kg.ha -1 .ano -1 , que corresponde a 0,1 % ao ano. Já para o período 1993/1994 a 1998/1999 o ganho foi -685 kg.ha -1 .ano -1 , que representa perda de -2,37% ao ano. As metodologias de Breseghello e a tradicional foram eficientes para quantificar o ganho obtido e a dinâmica do programa de melhoramento genético do arroz irrigado no estado de Minas Gerais, quanto à produtividade.